VISUALIZAÇÕES!

SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS, E TENHAM UMA ÓTIMA LEITURA, SABENDO TUDO DOS BASTIDORES DAS CELEBRIDADES!.

APROVEITEM AS PROMOÇÕES!

CURTIR CELEBRATED NEWS NO FACEBOOK!

CELEBRATED NEWS - ÚLTIMAS NOTÍCIAS

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

CLAUDIA RODRIGUES: "PARA DEUS, NADA É INCURÁVEL"

Claudia Rodrigues, de 42 anos, caminha animada pelas ruas do bairro de Moema, na Zona Sul de São Paulo, para fazer as fotos desta entrevista. 

A atriz, que vive no Rio de Janeiro, esteve na capital paulista para receber uma comenda por sua carreira, entregue pela Braslider (Associação Brasileira de Liderança), entidade que incentiva profissionais de destaque em diversas áreas. “Até hoje as pessoas têm um carinho enorme por mim”, diz Claudia, que deixou de interpretar a Marinete do humorístico global A Diarista em 2007, por causa da esclerose múltipla, doença que pode provocar perda de memória, dificuldades motoras e na fala. 

Apesar das limitações que a enfermidade causa, a artista defende que no seu caso houve exagero: “Nunca deixei de andar, de ver, nem de falar, como li em alguns lugares.”

Depois de enfrentar uma depressão entre 2010 e 2013, ela agora quer voltar à TV. “Se me der o texto, decoro e estou pronta para gravar”, afirma. No teatro, Claudia se prepara para estrear, em fevereiro, a peça Teste do Sofá, nos EUA, e depois no Brasil. “O brasileiro que mora fora fica carente e gosta de ver a gente por lá”, diz a mãe de Iza, de 12 anos, de seu relacionamento de quatro anos com o videomaker Brent Hieatt, seu ex-marido.
QUEM: Você estreia em fevereiro Teste do Sofá nos Estados Unidos. Sobre o que é a peça?
Claudia Rodrigues: Vou fazer seis apresentações pelos Estados Unidos, depois estreio no Brasil. Sou madrinha de um projeto chamado Brazilian Comedy Club e eles sempre levam comediantes famosos do Brasil para se apresentar lá. A ideia é reunir todos os personagens que interpretei na TV. Tem passagens da Ofélia e da Talia, ambas do Zorra Total (humorístico da Globo), da Marinete... Acho que o público vai gostar.

QUEM: Tem alguma personagem com quem você se identifica mais?
C.R: Não tenho preferência por personagem. Mas gosto da Talia, queria ser como ela, que se acha linda e gostosa. As mulheres deveriam ter essa autoestima. Também tenho muito da Marinete, falo as coisas na cara.

QUEM: Isso lhe rendeu a fama de difícil?
C.R: Eu não finjo. Digo, por exemplo, que não gostei da sua camisa. Nem me toco que você pode ter ganho do seu avô, que tem uma história... Eu não tenho filtro nenhum, nunca tive, e as pessoas não gostam disso. Não falo as coisas para magoar ninguém, para agredir. Sou mal-interpretada.

QUEM: Por isso ficou conhecida como brigona em A Diarista?
C.R: Não sei exatamente o que aconteceu nos bastidores de A Diarista... Às vezes, eu comentava uma situação durante as filmagens, que alguém poderia ter feito uma cena diferente, passava uma camareira, escutava um pedaço da conversa e dizia que eu estava falando mal da Dira Paes, por exemplo.

QUEM: Nunca houve briga entre vocês?
C.R: Nunca. Chegou a sair na imprensa que o programa acabou por causa de uma briga entre a gente. Acho a Dira maravilhosa, uma das melhores atrizes que o país tem.

QUEM: Por que o programa saiu do ar?
C.R: Não foi nenhuma briga que parou a série. A Diarista está suspensa até o momento por causa da minha saúde.

QUEM: Como descobriu a doença?
C.R: Foi em 2000, numa época da minha vida em que trabalhei muito. Eu fazia a peçaMonólogos da Vagina, de quinta a domingo. Na quarta-feira, eu gravava a Escolinha do Professor Raimundo. Só descansava na segunda, dia que eu tirava para resolver coisas práticas da vida, como pagar contas. Um dia, durante uma apresentação da peça, em São Paulo, comecei a sentir meu braço direito dormente. Teminei o espetáculo e a produção local me levou para o hospital, achando que eu estava enfartando. No hospital, me deram um remédio e fiquei lá dormindo até o dia seguinte.

QUEM: O que aconteceu depois?
C.R: Acordei e o Brent, pai da Iza, me perguntou se eu estava bem. Eu disse que ainda estava com o braço dormente. Voltamos para o Rio e fui à Clínica São Vicente. Me pediram uma ressonância na coluna e nada. Dali a pouco, a médica voltou e disse que eu ia fazer uma ressonância do cérebro. Fui me apavorando. Depois do exame, um outro médico me disse que eu tinha esclerose múltipla. Perguntei a ele: “Vou poder ser mãe?”. Ele disse que sim. Pensei: “Então, beleza”. Sempre quis ter filhos e ainda quero ter mais. Depois disso, comecei o tratamento, a dormência passou e não tive mais nada. Em 2002, tive a minha filha e toquei a vida normalmente.

QUEM: Os sintomas voltaram só em 2007, então?
C.R: Sim. Tive um surto em uma gravação de A Diarista: percebi que estava me perdendo, que precisava pegar o texto para rever. Nunca tinha acontecido isso comigo. Ciente disso, o Mário Lúcio Vaz, diretor da Globo, me chamou e disse que eu tinha que ir ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para descobrir o que estava acontecendo.
QUEM: Bateu um certo desespero nessa hora?
C.R: Logo de cara, eu achava que era cansaço, porque quase não dormia. Achei que precisava diminuir o ritmo. Mas, depois, bateu um desespero, sim. Quando o médico do Einstein me disse que eu precisava fazer terapia porque meu estado emocional poderia estar agravando a doença, eu respondi que não precisava. Mesmo assim, fui submetida a uma série de exames psicológicos. No meio dessa avaliação, com a pressão daquilo tudo, surtei: não falava nada com nada. O médico precisou aumentar a medicação para a esclerose múltipla que eu já vinha tomando.

QUEM: Que limitações a doença lhe trouxe?
C.R: Comprometeu um pouco a fala e o equilíbrio. Bem nessa época, também levei um tombo em casa, quebrei o quinto metatarso e precisei usar cadeira de rodas. Bastou isso para sair na mídia que eu estava em cadeira de rodas, mas aquilo não tinha nada a ver com a doença: era pelo pé quebrado. Nunca deixei de andar, de ver nem de falar por causa da esclerose, como disseram. Essas coisas acabaram por me fazer entrar em depressão.

QUEM: Como foi o período de depressão?
C.R: Eu não queria sair, não queria fazer nada. Via muito filme na TV, ficava fechada dentro do quarto. Ia fazer o que lá fora? Perdi a vontade de trabalhar. Não tinha perspectiva, meu programa não voltava. Quando você está no auge, é a melhor pessoa do mundo, mas, quando você não está tanto, ninguém liga pra saber se você está bem. As pessoas te descartam. Se eu voltar para a TV, vai chover gente me ligando. E aí eu vou dizer: “Agora não posso falar”.

QUEM: Você tem uma filha. Como foi criá-la nesse período?
C.R: Ela entende. No começo, pedi à minha mãe para me dar uma ajuda, para buscar na escola, para as tarefas diárias. Ela me deu suporte. Acho a minha filha genial, como toda mãe. Ela pulou um ano na escola, com 4 anos, porque já sabia as coisas.

QUEM: Como saiu dessa fase de depressão?
C.R: Fiquei assim entre 2010 e 2013. E não tomei remédio, nada. No ano passado, fui convidada para fazer uma peça. Comecei com as apresentações desse espetáculo, chamado Muito Viva, mas tivemos problemas na produção e paramos. Nessa época, reencontrei a Adriane Bonato, uma antiga amiga e hoje minha empresária. Ela morava nos Estados Unidos, trabalhava por lá e eu pedi para que ela ficasse e me ajudasse. Ela disse que eu precisava fazer três coisas para que ela aceitasse mudar para o Brasil. Primeiro: eu tinha que ir buscar Deus. Segundo: tinha que fazer terapia. E, por último: tinha que fazer fisioterapia para tratar o pé. Na depressão, como fiquei revoltada, eu não queria me tratar e por isso estou mancando até hoje.

QUEM: Você já se sente capaz de voltar?
C.R: Estou boa. Se tiver que gravar, pego o texto e faço. A única coisa que me impede de voltar já é o pé: como quebrei duas vezes no mesmo lugar, ainda não cicatrizou direito. Mas estou tratando.

QUEM: A religião ajudou-a?
C.R: Muito. Minha religião é Deus. Leio a Bíblia, mas só um pouquinho. Queria entender cem por cento, ainda vou ter esse momento. Estudei no Colégio Batista Brasileiro, minha mãe sempre foi católica, sempre gostei muito da história de Jesus. Outro dia, estava fazendo uma ressonância de lombar e fiquei rezando enquanto fazia o exame. Deus me curou.

QUEM: Mas esclerose múltipla tem cura?
C.R: Para Deus tudo tem cura. Para os médicos, não. Então, meu médico disse: “Não vou dizer que você está curada, não posso dizer isso”. Mas nenhum neurologista, olhando a minha ressonância, vai dizer que tenho esclerose múltipla. Tenho cicatrizes da doença, cicatrizes no cérebro.

QUEM: Está tomando medicação?
C.R: Tomo um medicamento, de oito em oito semanas, somente para controle. Mas os médicos querem tirar e estão fazendo isso gradativamente.

QUEM: Você falou em Deus. Em algum momento se revoltou?
C.R: Acho que, se eu estou passando por isso, existe um motivo. Deus vai ter que me recompensar de alguma maneira. Não estou cobrando, mas ele me colocou para fazer graça para os outros, tenho um auge e agora caio? Ele faz a gente cair para se reestruturar e se tornar uma pessoa melhor.

QUEM: Na fase de depressão, como fica a vida afetiva?
C.R: Não fica. Lógico, os meninos me dão mole, mas não quer dizer que vou dar pro cara. As pessoas dizem que sou pegadora, mas não sou nada! Quase não saio de casa. O negócio é que sou geminiana, com ascendente em gêmeos: não sou galinha, mas sou aberta para as relações (risos). Outro dia, um menino veio falar que era meu fã e piscou para mim. O cara é bonito, não vou sorrir de volta?
FOTOS: CAUÊ MORENO

AUTOR: REVISTA QUEM

Nenhum comentário:

Postar um comentário

IMPORTANTE

Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos. O CELEBRATED NEWS descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

ME SIGA NO TWITTER!