Acima de tudo, realizou a proeza de ser (eternamente) a baiana mais conhecida do planeta, mesmo sendo portuguesa.
Nesta quarta-feira, exatos 60 anos após seu triste e espetacular desfecho — num enterro que levou mais de meio milhão de pessoas ao Cemitério São João Batista, em Botafogo —, Carmen Miranda ressurge recortada por cláusulas controversas.
Imortalizada pela sétima arte em filmes populares produzidos em Hollywood como “Serenata tropical (1940) e “Uma noite no Rio” (1941), a imagem de Carmen ficou, por 17 anos, proibida de ser utilizada na TV e no cinema. A última aparição nas telonas aconteceu em 1995, no documentário “Banana is my business”, de Helena Solberg.
Três anos depois, a produtora Rio Vermelho — de Paula Lavigne e Renata de Almeida Magalhães — adquiriu exclusividade sobre os direitos biográficos da artista. Negociada com a família, a aquisição foi acertada em 200 mil dólares, aproximadamente R$ 600 mil.
Imortalizada pela sétima arte em filmes populares produzidos em Hollywood como “Serenata tropical (1940) e “Uma noite no Rio” (1941), a imagem de Carmen ficou, por 17 anos, proibida de ser utilizada na TV e no cinema. A última aparição nas telonas aconteceu em 1995, no documentário “Banana is my business”, de Helena Solberg.
Três anos depois, a produtora Rio Vermelho — de Paula Lavigne e Renata de Almeida Magalhães — adquiriu exclusividade sobre os direitos biográficos da artista. Negociada com a família, a aquisição foi acertada em 200 mil dólares, aproximadamente R$ 600 mil.
Em 2006, antes de entregar a última quantia, a produtora alegou, porém, que o valor estava acima do mercado.
Após nove anos de processo, os parentes ganharam, agora, em todas as instâncias.
Mas o caso ainda dá o que falar. Representante de Paula Lavigne e Renata Magalhães, o advogado Eduardo Senna lembra que o novo marco legal sobre biografias, aprovado em junho pelo Supremo Tribunal Federal (STF), estabelece outros rumos para o debate.
— Agora, o valor do contrato passou a ser zero, já que qualquer um pode fazer o filme. Reiniciaremos a conversa — adianta o advogado.
A produtora, por sua vez, mostra interesse em continuar o projeto.
— Carmen foi superpatrulhada antes de existir patrulha. Agora, continua patrulhada! — critica Renata, sem deixar de brincar: — Se tivéssemos escolhido o elenco, a atriz que faria Carmen agora já poderia ser avó dela.
Filha de Aurora Miranda, irmã mais famosa da Pequena Notável, Maria Paula Richaid, de 65 anos, não esconde o cansaço com o impasse.
— Esse nó cego me deixa muito triste. Aos poucos, fui me afastando e deixando para os advogados — destaca ela, à frente da empresa da família.
Um futuro de menos desentendimento é o que se espera. Presidente da Comissão de Direitos Autorais, Direitos Imateriais e Entretenimento da OAB-RJ, Fábio Cesnik confirma que, hoje, qualquer pessoa está apta a criar um filme. Mas há ponderações:
— Se for citada qualquer inverdade, a família tem direito de reivindicar a reparação do dano. Fazer um filme é se submeter a eventuais consequências — esclarece.
Em meio a tamanho embaraço, fãs da portuguesa mais baiana do universo aguardam a chance de poder revê-la sob novos ângulos. Entre os projetos atravancados pelas papeladas do judiciário, figuram uma cinebiografia com Rita Guedes e Fábio Assunção no elenco e uma minissérie da TV Globo, inspirada no livro “Carmen”, de Ruy Castro.
— Agora, o valor do contrato passou a ser zero, já que qualquer um pode fazer o filme. Reiniciaremos a conversa — adianta o advogado.
A produtora, por sua vez, mostra interesse em continuar o projeto.
— Carmen foi superpatrulhada antes de existir patrulha. Agora, continua patrulhada! — critica Renata, sem deixar de brincar: — Se tivéssemos escolhido o elenco, a atriz que faria Carmen agora já poderia ser avó dela.
— Esse nó cego me deixa muito triste. Aos poucos, fui me afastando e deixando para os advogados — destaca ela, à frente da empresa da família.
Um futuro de menos desentendimento é o que se espera. Presidente da Comissão de Direitos Autorais, Direitos Imateriais e Entretenimento da OAB-RJ, Fábio Cesnik confirma que, hoje, qualquer pessoa está apta a criar um filme. Mas há ponderações:
— Se for citada qualquer inverdade, a família tem direito de reivindicar a reparação do dano. Fazer um filme é se submeter a eventuais consequências — esclarece.
Em meio a tamanho embaraço, fãs da portuguesa mais baiana do universo aguardam a chance de poder revê-la sob novos ângulos. Entre os projetos atravancados pelas papeladas do judiciário, figuram uma cinebiografia com Rita Guedes e Fábio Assunção no elenco e uma minissérie da TV Globo, inspirada no livro “Carmen”, de Ruy Castro.
O escritor, aliás, torce por capítulos menos confusos.
— Que americanos e europeus só conheçam a Carmen de Hollywood, com bananas na cabeça, me parece inevitável.
Mas que nós, brasileiros, só conheçamos essa Carmen, e não a grande Carmen brasileira, me parece um crime de lesa-pátria.
E de uma vira-latice total — atesta.
AUTOR: Extra
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