Uma das maiores estrelas da música pop nacional, a carioca Paula Toller, 52 anos, que é reconhecida por todos em qualquer lugar, lançou este ano seu quarto disco solo, Transbordada, e está em turnê.
Em entrevista a QUEM, ela conta que o Kid Abelha, seu grupo por 30 anos, não está apenas em recesso: “Acabou. Foi decisão minha”. Também fala sobre seu casamento com o cineasta Lui Farias, com quem tem Gabriel, de 25 anos, explica como é viver com diabetes do tipo 1 e diz por que foi criada pela avó, Renée.
QUEM: O Kid Abelha está em recesso ou acabou mesmo?
PAULA TOLLER: Acabou carreira de show, disco. Foi uma decisão minha, difícil, demorada, mas teve uma hora em que eu não sentia mais o espírito de grupo. Já estava desestimulada de lançar coisas novas. Mas foi muito bom enquanto durou.
QUEM: Foram 30 anos de estrada, vários discos... São muitas lembranças?
P.T.: Nem sei quantos discos foram. Entre 1982 e 84, lançamos compactos e começamos a fazer sucesso, mas era muito amador. Foi só depois do primeiro LP, Seu Espião, e do primeiro Rock in Rio, em 1985, que a banda explodiu. Deu muito frio na barriga. Foi transmitido ao vivo, o Brasil inteiro nos descobriu!
QUEM: Foi o primeiro grande show que vocês fizeram?
P.T.: Na verdade, não. Já tínhamos feito outros, mas sem transmissão de TV. As pessoas conheciam o Kid Abelha, mas não conheciam a gente direito. Para você ter uma ideia, depois do nosso show no festival, saímos para respirar um ar e quando voltamos fomos barrados! O segurança viu aquela mulher vestida de amarelo e azul, com uma aranha pendurada, e não acreditou, barrou mesmo (risos).
QUEM: A partir daí tudo mudou?
P.T.: De certa forma, sim. Fazíamos todos os programas de televisão: Chacrinha, no Rio, Barros de Alencar, em São Paulo, tudo. Mas o mercado ainda era amador. Só havia três equipamentos decentes de som. Um em São Paulo, outro no Rio e o terceiro sempre estava em turnê com alguma banda. Só nos anos 90 as coisas mudaram. Eram muitos shows, viajávamos de jatinho por pura necessidade, foi a fase magnata (risos).
QUEM: A saída de Leoni (baixista e à época principal compositor do Kid) colocou em risco a vida do grupo em 1986? Ficou insegura?
P.T.: Bastante. Foi tenso, um rompimento mesmo. Mas nunca pensamos em acabar com a banda. Meu problema nunca foi com o Leoni. A gravadora desconfiou se manteríamos o nível de sucesso. Fiquei mordida: “Ah, é? Vão ver quem é quem”. Eu e o George aprendemos a compor juntos. Fizemos vários sucessos depois, vários!
QUEM: Não fica com saudades dos perrengues do início?
P.T.: Claro, a gente se divertia. Às vezes, fazíamos três ou quatro
shows de playbacks na mesma noite, não tinha camarim, nada, andávamos de Kombi e nós mesmos carregávamos os instrumentos. No final da noite, eu recebia um bolinho de dinheiro e guardava numa gaveta em casa. Ficava com medo de que minha avó achasse que eu estivesse traficando drogas (risos)!
QUEM: Foi criada por sua avó?
P.T.: Minha mãe se separou do meu pai quando eu e meu irmão (Carlos, falecido em um acidente de ônibus) éramos bebês. Meu pai ficou com a guarda. Morei com meus avós paternos em Copacabana até os 8 anos. Depois meu avô se separou e se casou com a Renée, que considero minha avó também. Fui morar com eles na Tijuca.
QUEM: Você superou bem a falta de sua mãe?
P.T.: Na minha vida, a figura materna, em todos os sentidos – afetivo, de autoridade e exemplo de mulher independente –, foi inteiramente exercida pela minha avó Renée.
QUEM: Qual é o segredo do seu casamento com o cineasta Lui Farias? Já são 27 anos juntos...
P.T.: Projetos em comum. E não apenas profissionais. Ele dirigiu DVDs para mim e eu tenho contribuído como produtora associada dos filmes dele. Mas o importante é gostar de fazer as coisas juntos. Como diz o Cidade Negra: “Estamos aí para o que der e vier”.
QUEM: E como está sua relação com seu filho, Gabriel?
P.T.: Ele tem 25 anos e mora em Los Angeles, se formou em business com mestrado em produção de cinema e TV. Já está trabalhando. Não preciso mais mandar dinheiro. Ele é que tem que me mandar (risos). A gente se dá bem, aprendemos a confiar um no outro. E sempre que dá vou para lá.
QUEM: Transbordada está com uma pegada mais pesada e dançante. Por quê?
P.T.: Queria dar uma animada no show, os outros estavam tranquilos demais. Eu quis fazer as pessoas dançarem. E aí, quando as palavras “dançante, poderoso, jovem, rock, agitado, pop, pop clássico” me vieram à cabeça, pensei logo no (produtor) Liminha. Acertei em cheio.
QUEM: Em 2009, você foi diagnosticada com diabetes do tipo 1. Como descobriu a doença?
P.T.: Comecei a emagrecer demais, me sentia cansada. No começo, tive uma fase de negação, achava que tomaria um remedinho e ficaria bem. Mas depois entendi. Amigos me ajudaram. É uma doença silenciosa. Hoje não fujo dos exames preventivos. Mas consigo comer de tudo. Minha nutricionista me orienta.
QUEM: Como você se mantém tão bonita?
P.T.: Gosto de esportes e faço ginástica todos os dias. Durmo bastante também. Digo que não tenho insônia, eu tenho “sônia” (risos). De resto, já usei retinol no rosto, orientada pelo dermatologista, mas nem sei dizer que produtos utilizo. Protetor solar é importante, mas gosto de sol. Não sou médica, mas acho que as pessoas são mais felizes quando tomam sol, é essencial para evitar a depressão. Dez minutos por dia, não precisa de muito.
AUTOR: REVISTA QUEM
Em entrevista a QUEM, ela conta que o Kid Abelha, seu grupo por 30 anos, não está apenas em recesso: “Acabou. Foi decisão minha”. Também fala sobre seu casamento com o cineasta Lui Farias, com quem tem Gabriel, de 25 anos, explica como é viver com diabetes do tipo 1 e diz por que foi criada pela avó, Renée.
QUEM: O Kid Abelha está em recesso ou acabou mesmo?
PAULA TOLLER: Acabou carreira de show, disco. Foi uma decisão minha, difícil, demorada, mas teve uma hora em que eu não sentia mais o espírito de grupo. Já estava desestimulada de lançar coisas novas. Mas foi muito bom enquanto durou.
QUEM: Foram 30 anos de estrada, vários discos... São muitas lembranças?
P.T.: Nem sei quantos discos foram. Entre 1982 e 84, lançamos compactos e começamos a fazer sucesso, mas era muito amador. Foi só depois do primeiro LP, Seu Espião, e do primeiro Rock in Rio, em 1985, que a banda explodiu. Deu muito frio na barriga. Foi transmitido ao vivo, o Brasil inteiro nos descobriu!
QUEM: Foi o primeiro grande show que vocês fizeram?
P.T.: Na verdade, não. Já tínhamos feito outros, mas sem transmissão de TV. As pessoas conheciam o Kid Abelha, mas não conheciam a gente direito. Para você ter uma ideia, depois do nosso show no festival, saímos para respirar um ar e quando voltamos fomos barrados! O segurança viu aquela mulher vestida de amarelo e azul, com uma aranha pendurada, e não acreditou, barrou mesmo (risos).
QUEM: A partir daí tudo mudou?
P.T.: De certa forma, sim. Fazíamos todos os programas de televisão: Chacrinha, no Rio, Barros de Alencar, em São Paulo, tudo. Mas o mercado ainda era amador. Só havia três equipamentos decentes de som. Um em São Paulo, outro no Rio e o terceiro sempre estava em turnê com alguma banda. Só nos anos 90 as coisas mudaram. Eram muitos shows, viajávamos de jatinho por pura necessidade, foi a fase magnata (risos).
QUEM: A saída de Leoni (baixista e à época principal compositor do Kid) colocou em risco a vida do grupo em 1986? Ficou insegura?
P.T.: Bastante. Foi tenso, um rompimento mesmo. Mas nunca pensamos em acabar com a banda. Meu problema nunca foi com o Leoni. A gravadora desconfiou se manteríamos o nível de sucesso. Fiquei mordida: “Ah, é? Vão ver quem é quem”. Eu e o George aprendemos a compor juntos. Fizemos vários sucessos depois, vários!
QUEM: Não fica com saudades dos perrengues do início?
P.T.: Claro, a gente se divertia. Às vezes, fazíamos três ou quatro
shows de playbacks na mesma noite, não tinha camarim, nada, andávamos de Kombi e nós mesmos carregávamos os instrumentos. No final da noite, eu recebia um bolinho de dinheiro e guardava numa gaveta em casa. Ficava com medo de que minha avó achasse que eu estivesse traficando drogas (risos)!
QUEM: Foi criada por sua avó?
P.T.: Minha mãe se separou do meu pai quando eu e meu irmão (Carlos, falecido em um acidente de ônibus) éramos bebês. Meu pai ficou com a guarda. Morei com meus avós paternos em Copacabana até os 8 anos. Depois meu avô se separou e se casou com a Renée, que considero minha avó também. Fui morar com eles na Tijuca.
QUEM: Você superou bem a falta de sua mãe?
P.T.: Na minha vida, a figura materna, em todos os sentidos – afetivo, de autoridade e exemplo de mulher independente –, foi inteiramente exercida pela minha avó Renée.
QUEM: Qual é o segredo do seu casamento com o cineasta Lui Farias? Já são 27 anos juntos...
P.T.: Projetos em comum. E não apenas profissionais. Ele dirigiu DVDs para mim e eu tenho contribuído como produtora associada dos filmes dele. Mas o importante é gostar de fazer as coisas juntos. Como diz o Cidade Negra: “Estamos aí para o que der e vier”.
QUEM: E como está sua relação com seu filho, Gabriel?
P.T.: Ele tem 25 anos e mora em Los Angeles, se formou em business com mestrado em produção de cinema e TV. Já está trabalhando. Não preciso mais mandar dinheiro. Ele é que tem que me mandar (risos). A gente se dá bem, aprendemos a confiar um no outro. E sempre que dá vou para lá.
QUEM: Transbordada está com uma pegada mais pesada e dançante. Por quê?
P.T.: Queria dar uma animada no show, os outros estavam tranquilos demais. Eu quis fazer as pessoas dançarem. E aí, quando as palavras “dançante, poderoso, jovem, rock, agitado, pop, pop clássico” me vieram à cabeça, pensei logo no (produtor) Liminha. Acertei em cheio.
QUEM: Em 2009, você foi diagnosticada com diabetes do tipo 1. Como descobriu a doença?
P.T.: Comecei a emagrecer demais, me sentia cansada. No começo, tive uma fase de negação, achava que tomaria um remedinho e ficaria bem. Mas depois entendi. Amigos me ajudaram. É uma doença silenciosa. Hoje não fujo dos exames preventivos. Mas consigo comer de tudo. Minha nutricionista me orienta.
QUEM: Como você se mantém tão bonita?
P.T.: Gosto de esportes e faço ginástica todos os dias. Durmo bastante também. Digo que não tenho insônia, eu tenho “sônia” (risos). De resto, já usei retinol no rosto, orientada pelo dermatologista, mas nem sei dizer que produtos utilizo. Protetor solar é importante, mas gosto de sol. Não sou médica, mas acho que as pessoas são mais felizes quando tomam sol, é essencial para evitar a depressão. Dez minutos por dia, não precisa de muito.
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