Por que a sua mãe biológica não te criou?
Ela me teve muito nova [aos 15 anos] e saiu de casa pra trabalhar. Fui criada por meus avós paternos (Benedito e Josefa, já falecida). Como viviam na cidade, me deram acesso aos estudos e fiquei perto do meu pai, que morava lá também. Tive uma infância boa, nunca passei perrengue.
Joelma que te bancava?
Nunca, nada.
Vocês costumam se ver?
É difícil. Como nunca fomos próximas, nós meio que mantivemos essa distância.
Por que nunca pediu ajuda dela na carreira musical?
Sempre vivi assim [sem a ajuda dela]. Ia ser muito fácil eu, do nada, ir pedir ajuda. Tinha que trilhar meu caminho, assim como ela e Chimbinha trilharam o deles.
Você acha que ela não te ajudou por medo de ofuscar a própria imagem?
Nunca pensei nisso.
Tem alguma mágoa por ela ter saído de casa?
Não, ela foi correr atrás da vida dela. A gente não tem afinidade, mas não existe mágoa. Pai e mãe é quem cria.
Por que você parou de cantar na banda e decidiu ser corretora de imóveis?
Um problema sério nas cordas vocais me obrigou a dar um tempo na música. Escolhi ser corretora porque posso montar meu horário e programar meus ganhos.
Que problema é esse?
Quando estava no Forró Saborear, fazia muitos shows [3 por dia] e às vezes forçava muito a voz... Vivia rouca, com a garganta ruim, e parei de alcançar notas altas. Aí o médico falou: ou você para um pouco e retoma o canto depois ou logo, logo não cantará nunca mais.
Aí eu parei. Fiquei 16 dias quase sem falar. Com esforço gravei o CD da Banda Sarraff! Aí, parei de cantar e decidi procurar um emprego mais tranquilo. Mas o tratamento é basicamente não forçar a voz.
AUTOR: Revista Viva Mais
AUTOR: Revista Viva Mais
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