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sábado, 26 de dezembro de 2015

SAIBA QUANTO GANHAM E COMO VIVEM OS FUNKEIROS MIRINS DE SÃO PAULO

MCs Pikachu, Princesa e Plebeia, 2K e Nina Capelli ao lado do empresário Emerson Martins/Eduardo Enomoto/R7

"Cinco jovens funkeiros pararam o Brasil? Até parece que o País não tem casos mais urgentes para resolver". Emerson Martins, o empresário por trás dos MCs Brinquedo, Bin Laden, Pikachu, 2K, Nina Capelli e Princesa e Plebeia, não esconde a indignação com as investigações que o Ministério Público faz sobre jovens cantores que apostam no chamado "funk ousadia".

Proprietário da KL Produtora, Martins está no comando do que ele chama de "fábrica dos sonhos". A empresa dirigida pelo empresário fica na periferia da zona sul de São Paulo, em um casarão de três andares que é uma combinação de alojamento, estúdio musical e escola de artes.

— Quase todo dia, eles vêm até aqui estudar canto, violão, dança e gravar músicas e vídeos. A KL funciona como um centro de cultura, que também recebe novos talentos.

Ao todo, Emerson gerencia carreiras de 17 jovens, entre 13 e 22 anos. Antes de entrar para o funk, o empresário trabalhou com produção de festas e parques de diversões no interior e na periferia. Foi com seu filho, MC 2K, que ele começou a atuar no funk. Mas de uma maneira inusitada. Ele inscreveu a família no programa Casos de Família, do SBT para participar do quadro “Se você não gosta de funk, cuidado. Sua filha pode descer até o chão”. Numa encenação digna do Framboesa de Ouro, a mãe de Emerson dizia que era contra a carreira do neto, 2K. A participação foi um sucesso.
MC 2K: após participar do Casos de Família, carreira deslanchou/ Eduardo Enomoto/R7

— Uma coisa levou a outra. Logo depois, surgiu o Bin Laden, Brinquedo, Pikachu.

Os cachês variam entre R$ 5 mil e R$ 12 mil e os funkeiros realizam cerca de 15 shows por semana. O sucesso começou em 2013 com distribuição de CDs em portas de baladas e com DJs que tocavam as músicas dos funkeiros durante seus sets nas boates de periferia.

— Isso levou a um crescimento na empresa. Nos fins de semana, nossa rotina é uma correria. Fazemos seis, sete bailes por noite. Esse bom momento que vivemos mudou a vida de todos eles, não tem como negar. Hoje os rapazes têm acesso a bens que, sem o funk, nem chegariam próximos. E não estou falando apenas de carros e apartamentos. Falo de um tênis, comida boa, restaurantes.

Outro motivo de sucesso na carreira dos MCs é a internet. Cada clipe publicado pelos funkeiros atinge facilmente a casa dos 10 milhões de visualizações. O investimento para produzir vídeos que atingem essa marca? Segundo Emerson, nenhum. O segredo é mostrar funkeiros com cabelos coloridos, roupas diferentes, além de coreografias, letras e músicas insanas, que incluem samplers de choro de cachorro e aceleração de moto.

— Os clipes são produzidos aqui dentro da KL ou na rua mesmo. As motos e carros são emprestadas e as câmeras que usamos são nossas. Fazemos muito com muito pouco. E ainda assim superamos artistas que gastam milhares de reais na produção de um clipe. A diferença é que nossos vídeos são a cara da pobreza, e a galera se identifica.

Operação de risco

Mas essas carreiras promissoras podem ser interrompidas. O Ministério Público investiga a relação de trabalho, o conteúdo das letras e a responsabilidade dos pais ao liberar que MCs menores de idade, como Brinquedo, Pikachu e MC Melody, cantem funks com termos considerados inapropriados para crianças e adolescentes.
Aos 15 anos, MC Pikachu é uma das estrelas da KL Produtora Eduardo Enomoto/R7

Temendo uma punição da justiça, Emerson garante que, daqui por diante, os funkeiros vão pegar mais leve nas letras e passarão a integrar o segmento conhecido como funk pop.

— Vou fazer uma limpa na internet e retirar todo o material comprometedor deles. Não concordo com a avaliação do MP, pois crianças de todas as classes sociais falam as besteiras que os meus artistas colocam nas letras. Mas se há risco, vou evitar.

Nesse momento em que a KL virou foco de uma investigação, MC Brinquedo, um dos mais populares da empresa, está inclusive afastado dos shows. O artista de 13 anos no momento fica focado em palestras para ensinar táticas para jogar Minecraft.

Pikachu, que tem 15 anos (embora aparente menos e, segundo a MC Princesa, "canta essas letras, mas ainda é virgem") também vai tentar não se comprometer com a justiça nos próximos meses. Ele, que ficou conhecido por letras sobre sexo e drogas, vai compor sobre outros temas até outubro. Sim, só até lá. Depois, o cantor completa 16 anos e será emancipado.

— Meu maior medo é ter que parar com a carreira. Isso seria um grande problema para mim.

Emerson garante que os contratos de trabalho com os funkeiros estão em conformidade com a lei e que os pais não só liberam, como também acompanham os MCs em shows. Ele também reforça que todos os menores de idade estudam em colégios particulares durante a semana e não realizam shows que possam atrapalhar essa rotina.

— O Molekada era composto por crianças ainda menores, com roupas reveladoras e só porque surgiu dentro de um programa de TV ninguém reclamou. O poder público não oferece alternativas de cultura na periferia e quer acabar com o que é produzido pela juventude por iniciativa deles. Não são os empresários que estão por trás desse fenômeno e sim esses jovens criativos.
Princesa e Plebeia: "Mundo da moda é mais sujo que o do funk" /Eduardo Enomoto/R7

MCs Bin Laden e 2K, que compõem o cast da empresa e já são maiores de idade, também serão investigados por conta das parcerias que fizeram com Pikachu e Brinquedo. A dupla Princesa e Plebeia é outra no foco do MP. Princesa, que foi modelo profissional antes de virar cantora de funk, discorda da posição da justiça, que ela considera exagerada.

— O funk é alvo porque vem da periferia. O mundo da moda e das socialites é repleto de drogas e comportamentos inadequados. Eu deixei a carreira exatamente por discordar de certas condições que nos eram propostas. Quando posei de lingerie na avenida Paulista aos 17 anos, não houve comentários sobre isso.

AUTOR: R7

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