Sem identidade, a trama sofre com a baixa audiência para o horário e, a fim de evitar a sangria desatada de público, sofreu diversas alterações que pouco adiantaram para melhorar a história. Pelo contrário: suspenderam os jardins da Babilônia e o resultado não poderia ter sido pior.
Trama policial fraca
Apesar do começo eletrizante, com Beatriz (Gloria Pires) assassinando o motorista Cristóvão (Val Perré) e incriminando Inês (Adriana Esteves), a trama policial tornou-se um jogo chato e cansativo de gato e rato entre as duas vilãs. Tanto elas como a mocinha Regina foram parar diversas vezes na delegacia a ponto de a delegada Vera (Maíra Charken) praticamente ser alçada ao posto de co-protagonista da história. Agora, a expectativa é a de que uma nova virada policial aconteça, com a vingança de Inês pra cima de Beatriz. Se bem que em se tratando de Babilônia, o melhor é não criar expectativas...
Murilo x Alice x Evandro
Alice (Sophie Charlotte) é uma garota cuja relação com a mãe seria conflituosa. No primeiro capítulo, chegou a esbofetear a cara de Inês. Logo depois, se apaixonaria por Murilo (Bruno Gagliasso), por quem seria cafetinada. Já Evandro (Cássio Gabus Mendes) era a promessa de um dos tipos característicos de personagens de Gilberto Braga, o empresário safo e cara de pau. Ainda no começo da novela, ele de fato carregava essas características, mas nas reviravoltas da trama tornou-se um homem de meia idade apaixonado por Alice. Nessa brincadeira, Murilo ficou a ver navios e o personagem perdeu função. Gagliasso não gostou dos rumos de seu personagem e reclamou publicamente. Murilo agora reconquista Alice e revela que não mudou nada.
Crítica social
A acidez social parecia ser a tônica da novela, mas ficou em segundo plano. Apesar de levantar a bandeira da causa gay, com cenas repletas de discursos educativos, a trama regrediu ao curar gays e amenizar o casamento de Tereza (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg). Também foi lenta e mal desenvolvida a história de corrupção envolvendo a empreiteira de Beatriz e a prefeitura de Jatobá, comandada por Aderbal (Marcos Palmeira), um assunto que poderia render um paralelo interessante com a realidade, já que na vida real está à luz do noticiário político nacional.
Humor em fiapos
Um dos piores pontos de Babilônia, a história dos solteiros Clóvis (Igor Angelkorte) e Norberto (Marcos Veras) não tem um pingo de graça, e a impressão é a de que os autores testaram comicidade em quase todo o elenco. Sobrou pra Valeska (Juliana Alves) encarar uma chanchada moderna em um triângulo amoroso entre os paspalhões, mas que ainda não provoca risos. A sorte é que a novela tem Arlete Salles, que dá show em cena como a matriarca conservadora e hipócrita Consuelo Pimenta.
Dizer que Babilônia é de todo ruim seria injusto. A trama apresenta alguns poucos pontos de destaque. São eles:
Romeu e Julieta modernos
Apesar de batida, a história do amor impossível por causa de rivalidades familiares sempre rende. Rafael (Chay Suede) e Laís (Luisa Arraes) precisam enfrentar o preconceito da família da moça, que não aceita o fato de o rapaz ser ateu e ter sido criado por duas mães. O casal jovem tem química e funciona dentro da história.
Texto e direção
Embora padeçam para contar uma história cativante, os autores Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga mantêm a qualidade dos diálogos de Babilônia. A direção de Dennis Carvalho também sofreu alterações, eliminou os tremeliques da câmera na mão, com pegada mais documental, trouxe um pouco mais de luz à novela e ficou melhor.
AUTOR: Natelinha
Trama policial fraca
Apesar do começo eletrizante, com Beatriz (Gloria Pires) assassinando o motorista Cristóvão (Val Perré) e incriminando Inês (Adriana Esteves), a trama policial tornou-se um jogo chato e cansativo de gato e rato entre as duas vilãs. Tanto elas como a mocinha Regina foram parar diversas vezes na delegacia a ponto de a delegada Vera (Maíra Charken) praticamente ser alçada ao posto de co-protagonista da história. Agora, a expectativa é a de que uma nova virada policial aconteça, com a vingança de Inês pra cima de Beatriz. Se bem que em se tratando de Babilônia, o melhor é não criar expectativas...
Murilo x Alice x Evandro
Alice (Sophie Charlotte) é uma garota cuja relação com a mãe seria conflituosa. No primeiro capítulo, chegou a esbofetear a cara de Inês. Logo depois, se apaixonaria por Murilo (Bruno Gagliasso), por quem seria cafetinada. Já Evandro (Cássio Gabus Mendes) era a promessa de um dos tipos característicos de personagens de Gilberto Braga, o empresário safo e cara de pau. Ainda no começo da novela, ele de fato carregava essas características, mas nas reviravoltas da trama tornou-se um homem de meia idade apaixonado por Alice. Nessa brincadeira, Murilo ficou a ver navios e o personagem perdeu função. Gagliasso não gostou dos rumos de seu personagem e reclamou publicamente. Murilo agora reconquista Alice e revela que não mudou nada.
Crítica social
A acidez social parecia ser a tônica da novela, mas ficou em segundo plano. Apesar de levantar a bandeira da causa gay, com cenas repletas de discursos educativos, a trama regrediu ao curar gays e amenizar o casamento de Tereza (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg). Também foi lenta e mal desenvolvida a história de corrupção envolvendo a empreiteira de Beatriz e a prefeitura de Jatobá, comandada por Aderbal (Marcos Palmeira), um assunto que poderia render um paralelo interessante com a realidade, já que na vida real está à luz do noticiário político nacional.
Humor em fiapos
Um dos piores pontos de Babilônia, a história dos solteiros Clóvis (Igor Angelkorte) e Norberto (Marcos Veras) não tem um pingo de graça, e a impressão é a de que os autores testaram comicidade em quase todo o elenco. Sobrou pra Valeska (Juliana Alves) encarar uma chanchada moderna em um triângulo amoroso entre os paspalhões, mas que ainda não provoca risos. A sorte é que a novela tem Arlete Salles, que dá show em cena como a matriarca conservadora e hipócrita Consuelo Pimenta.
Dizer que Babilônia é de todo ruim seria injusto. A trama apresenta alguns poucos pontos de destaque. São eles:
Romeu e Julieta modernos
Apesar de batida, a história do amor impossível por causa de rivalidades familiares sempre rende. Rafael (Chay Suede) e Laís (Luisa Arraes) precisam enfrentar o preconceito da família da moça, que não aceita o fato de o rapaz ser ateu e ter sido criado por duas mães. O casal jovem tem química e funciona dentro da história.
Texto e direção
Embora padeçam para contar uma história cativante, os autores Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga mantêm a qualidade dos diálogos de Babilônia. A direção de Dennis Carvalho também sofreu alterações, eliminou os tremeliques da câmera na mão, com pegada mais documental, trouxe um pouco mais de luz à novela e ficou melhor.
AUTOR: Natelinha
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