Tão tradicional quanto o próprio programa, este tipo de reclamação (ou "mimimi", como se diz hoje) não pode ser confundido com o que ocorreu esta semana no "BBB16".
A prova de resistência, realizada ao longo de mais de 14 horas entre a noite de quinta-feira (18) e a manhã do dia seguinte, causou furor não pelo que alguém fez ou deixou de fazer, mas pela falta de explicações sobre algo básico – as regras da disputa.
Vistas por alguns como exercício de sadismo, as provas de resistência sempre submetem os candidatos a dois sacrifícios terríveis: não poder dormir nem satisfazer necessidades fisiológicas. É uma espécie de padrão do "BBB".
Muito bem, na prova desta semana, vários participantes dormiram – e nenhum foi eliminado, como seria de se esperar. Renan, um dos vencedores (junto com Tamiel), claramente cochilou durante a disputa.
Para quem observou a prova com atenção, era do interesse do programa não impedir que os candidatos dormissem, em especial os que tinham a função de apertar o botão sempre que o sinal soava. Se isso ocorresse, o programa teria uma ótima cena para mostrar no dia seguinte.
O problema é que Pedro Bial não avisou o público deste pormenor. Para os fãs que passaram a madrugada acordados, acompanhando a prova e torcendo por seus candidatos, foi desesperador ver os rivais dormirem e não serem eliminados.
No programa desta sexta-feira (19), o apresentador foi arrogante ao justificar a situação. Em vez de se desculpar por não ter informado o público, ele falou: "O que eu digo que não pode, não pode; o que eu não digo, pode".
A frase é uma ofensa à inteligência dos espectadores, Trata-se, evidentemente, de uma falácia. Se um candidato empurrasse outro seria eliminado, apesar de Bial não ter dito nada a respeito.
A falta de transparência é norma no "BBB". E, não raro, também a arrogância. A direção do programa parece segura que o público aceita qualquer coisa. Será?
AUTOR: UOL
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