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segunda-feira, 23 de março de 2015

NA ESTREIA COMO APRESENTADORA PAOLA OLIVEIRA LIDERA DISPUTA NA MODA

Paolla Oliveira comanda reality no “Fantástico” Foto: Rede Globo/Sergio Zallis

Seis participantes estão prontos para dar linha à criatividade em “Como manda o figurino”, quadro do “Fantástico” que estreia hoje, com direção de Fabrício Mamberti. Paolla Oliveira, em sua primeira atuação como apresentadora, a figurinista Gogoia Sampaio, como coach dos competidores, e convidados também compõem a equipe do reality show, que premia quem melhor costurar personagens ao longo de seis episódios.

— A primeira identificação dos espectadores numa novela é com os atores. Os figurinos mexem muito com a criação deles. Apresentar esse mundo de talentos e todos os profissionais envolvidos é jogar luz nesse bastidor, desde o início do processo de composição — aposta o diretor, anunciando a primeira disputa: — O desafio é relativo à novela “O clone”, a Kadhija (interpretada na época por Carla Diaz). Quem é essa mulher hoje e o que ela veste. 

A roupa deve ser feita sob medida para Grazi Massafera, que participa dessa prova.
Os seis competidores do novo reality do “Fantástico’’ ao lado da figurinista Gogoia Sampaio Foto: rede globo/Sergio Zallis

O tema foi lançado por Glória Perez. A autora integra o trio de jurados — com Juliana Paes e Marília Carneiro (figurinista) —, que muda a cada edição, assim como o artista convidado para representar um personagem. Satisfeito com o elenco alinhado, Fabrício destaca uma outra habilidade de Paolla na atração, que faz parte das comemorações de 50 anos da Globo.

—Ela tem um jeito doce, ao mesmo tempo misterioso e direto. Por isso, quis experimentá-la como apresentadora. Acertei, ela tem facilidade — elogia.

Paolla, animada, confessa estar apreensiva por testar outro lugar na telinha. A experiência como atriz, no entanto, traz segurança para comandar o quadro.

— Depois que vi a chamada, sei mais ou menos como vai ficar, deu uma acalmada nos ânimos. Encarei como uma personagem apresentadora, me sinto mais à vontade assim. Quando recebi o convite, fiquei na dúvida. Mas falar sobre o meu trabalho e ser orientada por uma equipe maravilhosa, não resisti. E que mulher não gosta de roupa? Figurino mistura o que é moda — comemora Paolla, lembrando estilos que marcaram a carreira: 

— Destacaria o de Sônia (“O profeta”), por ser de época, e o de Paloma (“Amor à vida), que virou hit nas ruas. Não incluo Danny Bond (“Felizes para sempre?”), porque vão acabar levando para outro lado.
Marília Carneiro, Glória Perez e Juliana Paes são as juradas do primeiro episódio do quadro Foto: rede globo/Sergio Zallis

Os diversos disfarces da garota de programa da minissérie de Euclydes Marinho, sem dúvida, são elementos para deixar qualquer imaginação a mil. Inclusive a ausência de roupas. Uma única peça, um fio dental, foi além do papel na televisão, inspirando fantasias de carnaval de rua.

— Mesmo o que é pouco é pensado como figurino — ressalta a atriz, que não se intimida com o que veste em cena: — Eu me entrego a todas. Não imaginava essa repercussão. O Fernando (Meirelles, diretor) comentou uma vez que, se soubesse, não teria levado ao ar aquela cena. O que faz ser bom é o trabalho como um todo. Eu fiquei surpresa, tomei um susto. Mas o sucesso não é para sofrer, acabei curtindo, me divertindo. Fiquei feliz por mais uma vez me mostrar diferente.

Sobram motivos para Paolla ser prestigiada e — por que não? — comemorar. Apesar da recente separação do ator Joaquim Lopes, ela coleciona bons trabalhos. E se prepara para mais um, uma vilã na próxima novela das seis, “Além do tempo”.

— Posso dizer que estou bem com o trabalho porque faço o que amo. Mas estou sempre procurando equilíbrio e felicidade. A busca ainda continua.

Gogoia, com quem Paolla fez sua primeira novela, “Belíssima”, de 2005, arrisca por que as roupas criadas para a televisão contribuem para o fascínio que os atores causam no público.

— A estética da TV faz a moda funcionar aqui. O público gosta de ver o que os artistas vestem. No salão, sempre tem alguém comentando. Figurino é igual futebol, todo mundo acha que entende (risos) — diz a profissional, que convida os espectadores a participar: — Vamos mostrar como tudo acontece na frente das câmeras. Quem está em casa pode ser técnico e votar na final.

Cada participante conta com uma costureira. São quatro horas para construir o figurino, mais três horas entre pesquisa, criação e prova de roupa, em até 15 minutos. A cena de apresentação tem duração de 30 segundos.

— No ar, são apenas 10 minutos, mas tem muito pano para a manga. Montamos uma loja. Cada peça tem um valor. Eles vão trabalhar com um orçamento estipulado. Já quis, muitas vezes, usar um tecido maravilhoso, mas era caro — diz a coach, que idealizou o quadro: — Meu papel é dar orientação. São todos figurinistas profissionais, livres para criar o figurino na cena ideal, seja mais íntima, numa festa ou numa viagem.
Paolla Oliveira apresenta o quadro “Como manda o figurino” no “Fantástico” Foto: rede globo/Sergio Zallis

Na estreia, os participantes podem ficar, de certa forma, tranquilos, e o público também. Ainda não é hora de ninguém dar adeus à disputa.

— No primeiro episódio não tem eliminação. Dois candidatos vão se destacar. O primeiro ganha imunidade — avisa o diretor.

Paolla é mais uma que pode ficar aliviada na missão que considera a mais difícil da atração.

— Tenho que dar a notícia de quem não foi bem no dia. Preciso ser mais dura, imparcial, impossível não ficar com o coração apertado. Fiquei muito surpresa com o talento dos participantes e acabei me apegando a eles: — diz a atriz, fã de reality: — Adoro os de cozinha, mas não me arrisco a fazer as receitas de jeito nenhum (risos).

Gogoia, experiente, há 25 anos na emissora, já enfrentou situações de aperto. Um look prontinho não teve como ser aproveitado na atriz.

— Se a estética estiver errada, não tem jeito. O resto acerta na hora. Já tive que jogar um figurino inteiro no lixo. Construí uma velhinha arrumada para Daysi Lúcidi, a Valentina de “Passione”. O Silvio (de Abreu, autor) disse “não precisa ficar com educação, quero uma velha porca”. Se a gente quer de alguma maneira poupar o ator, pode acabar errando — diz, apontando suas criações recentes mais difíceis: — Cláudia Abreu, como Chayene (“Cheia de Charme”) e Pâmela Parker (“Geração Brasil”). Duas peruas, e a primeira ainda estava forte na memória.

Os participantes são figurinistas de diversas regiões: Rafael Chaouiche, 21 anos, do Paraná; Melissa Maia, 21 anos, do Amazonas; Cássio Caiazzo, 31 anos, da Bahia; Yuri Yamamoto, 41 anos, do Ceará; Camila Babka, 26 anos, de São Paulo e Raphael Debei, 23 anos, de São Paulo. O vencedor participa de uma produção da Globo.

Fabrício Mamberti já anuncia o próximo desafio:

— O Capitão Gay, de Jô Soares, com Marcius Melhem vestindo.

AUTOR: EXTRA

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