MORRE JERRY LEWIS, O REI DA COMÉDIA AOS 91 ANOS

Jerry Lewis no lançamento de Max Rose, filme que marcou seu retorno como protagonista após 13 anos ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP

O veterano comediante americano, Jerry Lewis morreu na manhã de ontem, 20, em sua casa, em Las Vegas, aos 91 anos. A causa da morte não foi oficialmente confirmada. Pelo Twitter, a família disse que ele faleceu “de causas naturais”.

Um dos comediantes mais populares dos anos 1950 e 1960, Lewis aperfeiçoou a interpretação de palhaço irreverente em filmes como O Professor Aloprado (1963), mas também foi celebrado como escritor, ator e filantropo. “Muito tristemente, Jerry Lewis faleceu”, disse seu agente, Jeff Wijtas.

Celebrado nos Estados Unidos e no exterior, recebendo inclusive uma indicação ao prêmio Nobel da Paz em 1977, Lewis ficou tão conhecido por seus esforços incansáveis para promover a conscientização da distrofia muscular quanto pela comédia pastelão. Ao longo de 45 anos, ele arrecadou cerca de 2,45 bilhões de dólares no combate à doença com um evento anual na televisão.

Nascido em Newark, Nova Jersey, Joseph Levitch era filho de um casal de artistas de Nova York. Ele subiu aos palcos pela primeira vez aos 5 anos, atuando em Brother, Can You Spare a Dime? (Irmão, você pode me emprestar uns trocados?).

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Aos 15 anos, já tinha seu própria número de dublagem e chegou aos ouvidos de agentes de talentos de Nova York, embora apenas uma causa de tea-tro burlesco de Buffalo tenha demonstrado interesse.

Aos 20, tudo mudou para Lewis, quando ele embarcou em uma das parcerias de maior sucesso do mundo do entretenimento com Dean Martin. Os dois alimentavam um ao outro em números clássicos da comédia, como tombos, trotes e muita água gaseificada. Os dois assinaram um contrato de longo prazo com os estúdios Paramount e estrelaram Amiga da Onçam (1949).

Ao longo de 50 anos, sua arrecadação em bilheterias totalizou 800 milhões de dólares, uma cifra impressionante uma vez que os ingressos de cinema não custavam mais de 50 centavos de dólar no auge de sua popularidade.

Como Julius Kelp, de O Professor Aloprado

Após 17 filmes juntos, a parceria Lewis-Martin terminou em 1956, mas Lewis continuou sua carreira na comédia e em Hollywood. Ele ganhou elogios por seu papel dramático em O Rei da Comédia (1983), de Martin Scorsese.

Nas últimas décadas, Lewis teve muitos problemas de saúde e chegou a ser declarado morto em 1982 após sofrer um ataque cardíaco. Dez anos depois, ele foi diagnosticado com câncer de próstata e em 1997 descobriu que tinha diabetes. No ano 2000, um diagnóstico de meningite espinhal fez sua saúde se deteriorar ainda mais.

Mas ele estava determinado a não deixar sua saúde impedi-lo de trabalhar. Em 2011, ele chegou a trabalhar em uma adaptação de O Professor Aloprado para a Broadway. “Eu tenho que terminar o que comecei”, disse Lewis ao Los Angeles Times em 2010. “Quero fazer isto antes de partir”, concluiu.

AUTOR: O POVO