Messias Holanda (Foto: César A. Martín/Divulgação)
O cantor e compositor Messias Holanda morreu nesta segunda-feira (26) em Fortaleza. O velório ocorrerá a partir das 13 h no Theatro José de Alencar, no Centro de Fortaleza, e o enterro, no Cemitério São João Batista. Holanda se tornou popular com músicas como "Pra tirar coco" e "Mariá"
Segundo a empresária Elaine Brito, amiga do cantor, Messias Holanda estava internado em decorrência de uma pneumonia desde o mês de janeiro no Hospital do Coração de Messejana, na capital. O artista faleceu no início da manhã, vítima de falência múltiplas dos órgãos.
O ex-sanfoneiro Netinho do Ceará, que produziu os últimos discos com Messias Holanda, lamentou a morte e disse que o cearense "lutava pela vida".
"Um irmão, uma pessoa muito boa tirava último centavo que tivesse no bolso para ajudar o outro. Um coração muito bom, que lutava pela vida, era otimista. Messias Holanda merecia nossa homenagem e elogio a vida todo", disse Netinho. Holanda produziu 11 CDs.
AUTOR: G1/CE
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segunda-feira, 26 de março de 2018
sexta-feira, 23 de março de 2018
MORRE MIRANDA AOS 56 ANOS, JURADO DO PROGRAMA 'ÍDOLOS'
Miranda
Carlos Eduardo Miranda, popularmente conhecido como Miranda, que foi jurado do programa "Ídolos", no SBT, morreu por volta das 20h desta quinta-feira (22), depois de sentir uma forte dor de cabeça.
A informação foi confirmada por amigos próximos de Miranda.
O produtor musical teria sentido uma forte dor de cabeça.
Em seguida foi para o quarto e sentou-se na cama, onde veio a falecer. Miranda morre aos 56 anos e deixa mulher e uma menininha recém-nascida.
"É verdade sim. Estou sem reação até agora", disse Ricardo Mantoanelli ao UOL, por telefone. "Infelizmente essa trágica notícia é verdadeira, acabei de saber.
"É verdade sim. Estou sem reação até agora", disse Ricardo Mantoanelli ao UOL, por telefone. "Infelizmente essa trágica notícia é verdadeira, acabei de saber.
O Miranda era um cara absurdamente inteligente. O Brasil perdeu um cara absurdamente inteligente. O Brasil perdeu um cara do bem.
É uma pena, uma pena", afirmou Thomas Roth, aos prantos, também por telefone. Os dois eram amigos próximos de Miranda.
AUTOR: UOL
AUTOR: UOL
quarta-feira, 21 de março de 2018
SAIBA DAS VERDADES E MENTIRAS POR TRÁS DO FIM DE "OS TRAPALHÕES"
Um dos grupos de humor de maior sucesso da televisão brasileira, “Os trapalhões”, continua sendo assunto, mesmo após décadas do seu fim, um dos assuntos mais polêmicos envolvendo o quarteto foi a primeira separação do grupo, em 1983.
Hoje, Dedé e Didi amenizam a briga. Dizem que foram apenas “férias conjugais”, ou que na época quiseram apenas fazer dois filmes diferentes. Nos próximos slides veremos alguns detalhes sobre cada um desses fantásticos comediantes e também sobre a briga que levou ao fim esse quarteto de sucesso.
Descubra aqui as verdades e mentiras por trás do fim de os trapalhões.
Didi
Vamos começar falando um pouco dos seus quatro principais membros um a um, e dizemos principais porque a história dos Trapalhões é muito longa e muita gente participou do programa.
O personagem mais notório dos trapalhões foi, com certeza, Didi Mocó Sonrisépio Colesterol Novalgino Mufumbbo, Didi acabou ficando mais popular e eternizado que seu intérprete, o cearense Antônio Renato Aragão.
Às vezes, Didi usava Sonrisal no lugar de Sonrisépio e, ao mencionar seu nome completo, alertava sempre que o nome Mufumbbo se escrevia com dois “bês” e o nome Mocó, com dois acentos no “o”.
Ainda Sobre Didi
Segundo tenente de infantaria do exército brasileiro, Renato Aragão, que também é bacharel em direito, chegou a ser vítima de um acidente aéreo no estado da Paraíba, quando ajudou no socorro dos outros sobreviventes.
Renato, hoje com 83 anos, ajudou a criar em 1966 um programa chamado Os Adoráveis Trapalhões, com outros artistas, cujo formato acreditou ser fadado ao sucesso. Realmente o sucesso viria, mas após mudar de emissora em 1974.
Estreou na extinta TV TUPI o programa Os Trapalhões, já com os quatro conhecidos integrantes, entre eles Dedé, Mussum e Zacarias.
Em 1977 fundou a Renato Aragão Produções Artísticas Ltda.
Claro que há muito mais a contar sobre esse incansável cearense e Os Trapalhões, mas vamos falar um pouco sobre os próximos integrantes.
Dedé
Seu nome na vida real é Manfried Sant’anna, fluminense do município de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro, ficou mais conhecido como Dedé Santana.
Nascido no meio circense, sua mãe era considerada na época a melhor contorcionista da América do Sul. No circo, Dedé foi palhaço, acrobata, trapezista, domador de elefantes e chegou a fazer o terrível Globo da Morte, mas também foi engraxate, verdureiro, ajudante de mecânico, e estudante de contabilidade.
Na fase circense, Dedé chegou a interpretar o palhaço Arrelia no próprio circo do palhaço, mas como trabalhava pela manhã e interpretava o palhaço na matinê, uma vez chegou atrasado para o espetáculo e se esqueceu de pintar o rosto.
Mesmo assim, levou o publico ao delírio e acabou ficando conhecido como o Palhaço de Cara Limpa.
Mais Um Pouco De Dedé
Quando jovem, foi para a capital tentar a sorte no cinema, mas sem sucesso chegou a passar fome e ficou quase seis meses dormindo nas calçadas de Copacabana durante o dia, e andando à noite para escapar da policia. Viveu assim pelo simples fato de não querer voltar para casa derrotado.
Como a situação não melhorava, acabou aceitando um emprego de faxineiro em um teatro. Daí passou a trabalhar como contra regra e no dia em que o ator principal faltou, o diretor propôs a ele que tentasse interpretar o personagem.
Sua atuação foi considerada excelente e acabou tornando-se parte do elenco fixo da peça. Acabou conquistando, com essa peça em 1961, o prêmio de Melhor Comediante de Teatro. A sorte foi nossa!
Mussum
Esse deve ser o recordista mundial de memes! Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum, veio de família humilde.
Nasceu no Morro da Cachoeirinha, na zona norte do Rio de Janeiro. Estudou em colégio interno e serviu por oito anos na Força Aérea Brasileira, onde chegou a ser cabo. Ele também alfabetizou sua mãe. Obteve o diploma de ajustador mecânico junto com uma recomendação de trabalho, e foi trabalhar como aprendiz em uma oficina.
Muitos o consideravam o mais engraçado dos Trapalhões. Sua carreira artística começou tocando reco-reco no grupo Os Modernos do Samba, mas depois criou o grupo Os Sete Modernos, que veio a se tornar Os Originais do Samba, que enfim emplacou vários sucessos. Procure ouvir Tragédia no Fundo do Mar. Quem é da época não esquece!
Minha Vidis É Um Litro Abertis…
A carreira de Mussum como humorista começou em 1965, no programa humorístico Bairro Feliz, da TV Globo.
Neste show, conta-se que Grande Otelo teria dado o apelido de Mussum ao comediante, uma referência a um peixe escorregadio e liso, que consegue facilmente sair de situações embaraçosas.
Dizem também que quem aconselhou que o Mussum falasse com ‘is’ no fim das palavras foi o comediante Chico Anysio.
Assim nasceram: “como de fatis”, “tranquilis” e “não tem problemis”. Mas o povo não esquece mesmo é do “cacildis”! Infelizmente, ele veio a falecer muito jovem em 1994.
Zacarias
Único ator do grupo, Mauro Faccio Gonçalves era mineiro de Sete Lagoas, e o primeiro de 11 irmãos.
Desde pequeno exercitava seu lado artístico, com teatrinho de quintal, usando materiais de sua casa e roupas da família, para representar em suas brincadeiras, sendo que, na escola, já despontava com suas apresentações.
Ingressou na rádio Cultura em 1954, mas em 1957 foi estudar arquitetura em Belo Horizonte. Poucos meses depois, deixou os estudos para trabalhar em programas humorísticos na “Radio Inconfidência” e, nesta mesma época, trabalhou no Banco Comércio e Indústrias.
Durante seu período na rádio, foi convidado para trabalhar na TV Itacolomi, também em Belo horizonte. Com menos de um ano de TV, o ator/humorista se destacou de maneira brilhante e, em 1963, foi convidado por Manuel da Nóbrega a participar do programa A Praça da Alegria.
Zacarias De Novo
Em 1965, foi trabalhar na TV Tupi, participou de diversas dublagens, e em 1970 trabalhou na peça A Dama do Camarote, onde mesmo com um papel secundário, ganhou seu primeiro prêmio: Ator Revelação.
Viajou por todo o país com a peça, voltou a se fixar no Rio de Janeiro e ainda na TV Tupi, Mauro criou o personagem “Moranguinho”, inspirado num tipo folclórico de Sete Lagoas. No programa “Café sem concerto” da TV Tupi, chamou a atenção de Renato Aragão, que o convidou para integrar o grupo Os Trapalhões.
Nos anos 70, Mauro também participou de outros 3 longas (“Tô na tua, Ô bicho”, de 1971, “O fraco do sexo forte”, de 1973 e “Deu a louca nas mulheres” de 1977, no qual Zacarias foi o personagem principal deste longa).
Dá pra ver que todos os quatros trabalharam muito duro pra chegarem onde chegaram!
E O Sargento Pincel?
Impossível esquecer desse sul mato-grossense de Ladário que chama-se Edward Guilherme Nunes da Silva, mas que todos o conhecem como Roberto Guilherme, ou pelo nome do personagem que o deixou famoso: Sargento Pincel.
Roberto Guilherme interpretou o Sargento Pincel por mais de trinta anos e sua identificação com o personagem é tamanha que, em determinado momento, Roberto Guilherme afirmou que sua própria família lhe chamava de “Pinça”.
O Sargento Pincel contracenava com o Soldado 49, o Didi, e os outros trapalhões, mas sempre ficava em segundo plano por não fazer parte do grupo principal. A princípio não teve parte na briga. Ou será que teve?
Início Do Quarteto
O programa era composto de várias cenas curtas, às vezes com apenas um, dois, três, até mesmo com os quatro Trapalhões.
Os assuntos das cenas eram diversos, mas Didi – e qualquer um que estivesse ao lado dele – saía sempre vitorioso.
Será que isso foi uma das causas do rompimento? Didi era o esperto cearense, Dedé, o “Galã da Periferia”, Mussum, o malandro que que tinha orgulho de dizer que era natural do morro e Zacarias, o tímido e baixinho mineirinho, com personalidade infantil, uma risada inconfundível e voz bastante fina, como a de uma criança.
Era o último programa que as crianças assistiam antes de dormir!
Sucesso
O programa chegou a ser chamado de Os Insociáveis, o que desagradava Renato Aragão.
Ao passar para a TV Tupi em 1974, ele conseguiu mudar o nome para Os Trapalhões e também incluiu Zacarias.
Mussum já havia se juntado em 1973. Finalmente, o programa foi para a Rede Globo em 1977, onde conseguiu um sucesso eterno.
O elenco de apoio também cresceu e as estrelas de novela passaram a ser visitas frequentemente nos quadros. Mas com tanta união e sucesso, como a briga começou?!
Exigências
Em 1977, quando o diretor de operações da TV Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, convidou os Trapalhões para a emissora, Renato Aragão temeu aceitar a proposta, pois não tinha certeza se os Trapalhões se encaixariam lá.
Para não ter que recusar formalmente a proposta, ele fez uma lista de exigências de três páginas na qual determinava quais seriam o diretor, redator e o horário do programa.
As exigências foram aceitas e Os Trapalhões mudaram de emissora. Será que essa conquista afetou os ânimos?
Ainda em 1977, Renato Aragão fundou a empresa RA – Renato Aragão Produções Ltda., que começou numa pequena sala e hoje, em sua sede própria, controla todos os negócios que envolvem o grupo, tais como: filmes, discos, revistinhas, etc., tendo como atividade maior a própria produção de seus filmes e programas para televisão no Brasil e em Portugal.
Terá sido a empresa um dos fatores que contribuíram para a briga? Afinal, Renato era o único que conseguia ir alcançando algo fora do quarteto, enquanto que os outros ainda gastavam muito do dinheiro que ganhavam, ajudando as famílias que tinham.
A Separação e Briga
O programa passou por um período delicado em 1983, quando os Trapalhões decidiram se separar. Dedé, Mussum e Zacarias romperam com a Renato Aragão Produções, empresa que cuidava dos negócios do grupo, formaram sua própria empresa, a DEMUZA Produções e optaram por seguir sozinhos na carreira cinematográfica e deixar o programa.
A briga deve ter sido séria, pois até os dias de hoje ninguém gosta de falar no assunto! Em entrevistas, tanto Didi quanto Dedé, se aborrecem toda vez que a briga que separou o quarteto é trazida à tona.
Separação
A separação durou cerca de seis meses, período em que Renato Aragão estrelou sozinho o programa.
O ano de 1983 ficou marcado com a produção do filme O cangaceiro Trapalhão, que trouxe efeitos especiais, câmeras e técnicas importadas, o que tornou a obra pioneira, nesse quesito, no país e contribuiu para a linguagem do cinema brasileiro.
Mais a frente, o quarteto se separa e são produzidos dois filmes: um apenas com Didi, intitulado, O Trapalhão na arca de Noé, e outro com Dedé, Mussum e Zacarias, chamado Atrapalhando a suate, este último ficou muito famoso, mais por conta da briga que pelo roteiro. Você já assistiu?
E A Demuza? A Empresa Dos Outros Três Trapalhões
A Demuza continuou existindo após a reconciliação, mas passou por maus momentos. Em fevereiro de 1986, a DeMuZa passou por uma fraude causada por funcionários que cuidavam da parte financeira do trio.
Os colaboradores que recolhiam o dinheiro para o pagamentos de impostos forjaram os recibos em uma máquina registradora roubada do Banco do Brasil.
Apesar do trio não ter culpa alguma, tiveram que arcar com uma dívida milionária.
Dedé, por exemplo, perdeu três casas; Zacarias, uma fazenda e Mussum, a mansão que possuía em uma ilha em Angra dos Reis.
A Rede Globo pagou a dívida e descontou do salário do trio por 2 anos.
Após o falecimento de Zacarias, Dedé e Mussum apenas, arcaram com a parte da dívida do saudoso trapalhão.
A Demuza teve seu fim no início dos anos 90, mas antes já havia trocado de nome para ZDM.
Mal Do Vil Metal?
Uns dizem que a briga foi puramente financeira, por conta da divisão desigual que a Renato Aragão Produções aplicava entre os vencimentos de seu fundador e dos outros três.
Outros dizem que, como em qualquer relacionamento, chegou um momento em que um não podia nem olhar para cara do outro que brigava.
É aquele processo de saturação total, de desgaste, que muitas vezes vemos acontecer prematuramente em grupos de rock. Será que foi mesmo dinheiro ou apenas imaturidade para lidar com o desgaste do dia a dia?
Discutindo A Relação
O fato é que a separação durou apenas seis meses e talvez seja por isso que eles diziam (e ainda dizem) que foram apenas férias conjugais.
Mas as declarações dos integrantes mudavam de tempos em tempos e acusações acabavam “voando” para todos os lados.
Com os depoimentos mudando tanto, ficou difícil saber a verdade sobre o que aconteceu nos bastidores.
No fim, Renato Aragão acabou posando de vilão e alguns fãs passaram a hostilizar, e até mesmo boicotar o antes amado Didi.
Críticas E Mais Críticas
Renato Aragão é frequentemente criticado por não ter prestado auxílio aos familiares dos seus antigos colegas, que passaram necessidade.
Chegou a receber processos vindos das famílias dos antigos parceiros.
Em uma entrevista à uma revista de grande circulação, o intérprete de Didi, questionado sobre o desentendimento que resultou na primeira separação do grupo, em 1983, lamentou ter ficado com a imagem de vilão da história e novamente disse que não gostava de falar do assunto, que foi uma situação muito delicada pelas críticas que só vieram para seu lado.
“Eu fiquei de vilão nessa história, e por isso eu não gosto de falar. Inclusive porque dois companheiros já se foram, e fica muito indelicado falar”, respondeu ele ao repórter.
Mais Mistérios
Realmente mistérios rondam esse grupo.
Ele desmente (e quem não desmentiria?), mas faz tempo que circulam boatos sobre a arrogância de Renato Aragão, especialmente quando é chamado de Didi por algum funcionário.
O famoso “Didi não é meu nome e pra você é Doutor Renato!” Sua possível arrogância é assunto corriqueiro em qualquer conversa sobre Os Trapalhões.
Recentemente circulou uma notícia que Renato Aragão teria demitido um funcionário que o chamara de Senhor Didi. Mas essa mesma notícia já circulou (igualzinha) em 2012 e 2014 e quem sabe quantas vezes ainda circulará?! Mais uma dúvida que paira no ar!
Verdade Nos Fatos
A verdade dos fatos é que tanto os três colegas, Dedé, Mussum e Zacarias, quanto as suas respectivas famílias, já acusaram Renato Aragão por diversas vezes.
Mesmo que depois venham a se arrepender. Essa carga de denúncias acaba atingindo os fãs, que logo tomam partido, seja lá de que lado estejam.
Algumas vezes exigem que Renato – advogado por formação, líder do grupo e gestor da divisão financeira – ajude seus antigos companheiros e suas famílias. Será que ele tem mesmo essa obrigação?
Morte Misteriosa
Segundo sua família, Mauro começou em dezembro de 1989, um regime por conta própria durante as férias do programa.
Chegou a perder 20 quilos, bem visíveis em seu último filme com os companheiros, “Uma escola Atrapalhada”, de 1990.
Um pouco debilitado devido a fraqueza causada pelo regime mal sucedido, Mauro ainda teve forças para gravar uma participação neste filme.
Na TV, Os Trapalhões teriam um novo quadro, intitulado “Trapa-hotel”, cujas gravações estavam previstas para março de 1990.
Justamente nesta data, a saúde de Mauro se agravou e o mesmo teve que ser internado, sem antes, porém, pedir aos companheiros que fossem gravando, alegando que logo ele estaria de volta. Infelizmente, no dia 18 de março, o ator Mauro Faccio Gonçalves veio a falecer.
Regime Mesmo?
A família nunca aceitou nem admitiu, mas na ocasião da morte de Zacarias, a hipótese que circulou foi a de que ele tivesse sido vítima do vírus da AIDS.
A notícia chegou a ser manchete em alguns jornais de grande circulação. Naquela época, havia muito preconceito relacionado a homossexualismo e a nova doença era associada a tal ponto de ser chamada de câncer gay e uma “caça às bruxas” ser informalmente deflagrada.
E para piorar, o jeito infantil e ingênuo do personagem era associado a homossexualidade. E de acordo com o boletim médico, a causa da morte foi insuficiência respiratória em consequência de uma infecção pulmonar.
Uma coisa leva a outra e essa sequência de erros e preconceitos levou ao boato. O que sobrou foi a tristeza de ver esse talento partir com apenas 56 anos de idade.
Abandono
Em entrevista concedida a uma outra emissora, a família de Mauro Gonçalves, mais conhecido como Zacarias, fez um desabafo contando que os companheiros de “Os Trapalhões”, Renato Aragão, Dedé Santana e Mussum, nunca mais entraram em contato com a família do humorista após a sua morte em 1990.
Segundo a irmã de Zacarias, os antigos colegas nunca mais deram notícias.
Marli também conta que no dia do enterro do humorista os colegas ficaram no local por cerca de uma hora, antes de irem embora sem que o público pudesse os ver.
Rusgas Mil
Para essa mesma emissora, o ex-produtor do programa e melhor amigo de Zacarias, Carlos Dias, revelou que o humorista já não se dava bem com o restante do grupo, principalmente com Renato Aragão (ele de novo!).
Segundo Carlos, o integrante mais próximo de Mauro era Mussum.
E para piorar, a família ainda informou que perdera total contato com a filha adotiva de Zacarias, com quem ficou toda a herança deixada pelo humorista, incluindo um sítio.
E Não Estava Sozinho
Já Dedé Santana, em outra entrevista, confessou que não soube administrar toda a fortuna que ganhou, gastando muito, sem ligar para o dinheiro.
“Tudo que eu via eu queria comprar, cheguei a ter oito carros na garagem. Não me preparei para essa situação em que estou agora. Perdi tudo. Eu, Mussum e Zacarias perdemos tudo”, declarou ao repórter. Diz que sobrevive com o dinheiro que ganha em apresentações de teatro e com a renda que recebe de um canal de reprises.
Ele colocou à venda a mansão de 27 cômodos avaliada em R$ 2 milhões em que morava em Itajaí, Santa Catarina, para pagar a compra da casa onde mora hoje, no Rio de Janeiro.
Não Era Bem Assim
Nessa mesma entrevista, já enalteceu Renato: “Eu já precisei do Renato Aragão para pedir dinheiro. Ele não me emprestou, ele deu. E não era pouco. É difícil pedir dinheiro, você fica com uma sensação de incompetência. A gente tinha muita intimidade para isso”, revelou ele ao repórter, mas ao mesmo tempo afirmou que não se incomodava com o fato de Aragão ganhar mais dinheiro do que ele com Os Trapalhões.
Mesmo com boas lembranças do elenco de Os Trapalhões, o ator não conseguiu esconder as mágoas que guarda de outros artistas e profissionais da TV. “Quando você está no auge, você tem 500 amigos. Quando você cai um pouquinho, as pessoas parecem que se escondem. Isso dói”, confessou.
Mágoa
Além disso, nosso palhaço da cara limpa Dedé chegou a afirmar em entrevistas que sempre ouvia que era o único do grupo que não era engraçado.
“Mas eu estava ali para preparar a piada e não para fazer a graça”, justificava Dedé. E acrescentava: “Nunca me senti um dos Trapalhões, sempre me senti um fã do Mussum, Zacarias e Didi”.
Mas como já vimos, as declarações mudam o tempo todo. Pouco depois, sobre o mesmo assunto, disse que não havia brigas no grupo e que tudo correu sempre maravilhosamente bem. Será que não dá pra segurar e às vezes um detalhe escapa?
O Tempo É Senhor Da Razão
Dedé contou depois que recusou um papel em um dos filmes do amigo Didi, e ainda admitiu: “Ele escrevia, organizava. Se não fosse ele, o grupo não existiria. Pode até ser que sim, que eu tenha sido ingrato com o Renato. Já pedi desculpas a ele“.
Dos amigos Mussum e Zacarias, o ator se lembra com carinho. “Mussum me chamava de compadre. O Zacarias me ajudava muito. Para mim era o grande ator, era um tremendo apaziguador. Qualquer ‘rusguinha’ que tinha em nosso grupo, ele falava: ‘Não, espera aí!”. O tempo sempre apaga as mágoas do passado, não é mesmo?
Que Trapalhada
Outro boato que segue pelos corredores é que a separação teria sido tão breve por ter a reconciliação acontecido através da intervenção direta de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o “Boni”.
A separação estaria causando problemas para a emissora, que, por força de contrato, teve que alocar os Dedé, Mussum e Zacarias em programas que não tinham muita relação com o seu perfil e muito menos com sua história e pior ainda acontecia com os que passaram a integrar o programa Os Trapalhões, contracenando com Renato Aragão. Então foi tudo por dinheiro?
Bilheterias
Numa época de Brasil fechado, o brasileiro tinha pouca coisa para alegrar sua vida e uma delas era a tradição do filme dos Trapalhões nas férias de fim de ano.
O sucesso era tremendo! Tanto que as bilheterias confirmam. Vejamos alguns poucos exemplos dentro da extensa filmografia do grupo:
3° lugar com O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão de 1977, com 5,8 milhões de espectadores; 5° lugar com Os Saltimbancos Trapalhões de 1981, com 5,2 milhões; 6° lugar com Os Trapalhões na Guerra dos Planetas, 1978, com 5,1 milhões; 7° lugar com O Cinderelo Trapalhão, 2007, com 5 milhões, 8° lugar com Os Trapalhões na Serra Pelada de 1982, com 5 milhões e 9° lugar com O Casamento dos Trapalhões de 1988, com 4,8 milhões de bilhetes vendidos.
Toda a molecada da época ficava ansiosa para saber o tema do filme das férias!
Mas Como Começou Os Trapalhões?
Mas o formato vinha de longa data…sua estréia ocorreu em 1966, ainda com o nome Os Adoráveis Trapalhões, que também apresentava quatro tipos:
O galã Wanderley Cardoso, o diplomata Ivo Cury, o nervosinho Ted Boy Marino e o palhaço Renato Aragão, e depois vieram adicionar o Manfried Sant’Anna. Somente em 1974, com a entrada de Antônio Bernardes e Mauro Faccio, consolidou-se o grupo que iria mais tarde tornar-se um dos mais famosos da TV brasileira. Cacildis!
Wanderley Cardoso
Nascido no bairro paulistano do Belenzinho, Wanderley Conti Cardoso começou a carreira de cantor aos 13 anos.
Ainda em São Paulo, morou também nos bairros de Pirituba e Lapa. Estudou na escola Guilherme Kuhlmann, onde concluiu o primário (1ª a 4ª série), no Largo da Lapa, Lapa de Baixo, tudo em São Paulo.
Depois de cinco anos dedicados ao estudos, investiu com força no showbiz. Seu primeiro sucesso, gravado em 1965, chamava-se “Preste atenção”. Rapidamente se tornou um dos ídolos da Jovem Guarda, ganhando o apelido de “O bom rapaz”, título de seu grande sucesso gravado em 1967, que vendeu mais de cinco milhões de cópias.
Será que esse sucesso incomodou alguém? Continue lendo para descobrir os detalhes do fim do grupo.
E Como Um Bom Rapaz Foi Parar Nos Trapalhões???
Pra começo de conversa, as iniciais do seu nome – WC – eram usadas na época como sinônimo de banheiro (do inglês Water Closet). As pessoas falavam “Com licença, vou ao Wanderley Cardoso!”. Pois bem, ele foi apresentador de rádio e televisão, participando como um dos Trapalhões no programa “Os Adoráveis Trapalhões”.
Somente depois da Jovem Guarda e dos Adoráveis Trapalhões é que foi contratado por Sílvio Santos para se apresentar semanalmente no quadro “Os galãs cantam e dançam na TV”, que trazia além dos 3 (três) contratados fixos, vários cantores convidados. Depois da passagem pelos Adoráveis Trapalhões, raramente foi visto com Renato…
Ivon Cury
Ivo José Curi sempre teve aquele porte sofisticado, mas passou a infância e boa parte da adolescência em sua cidade natal, a pequena Caxambu, Minas Gerais.
Era irmão do famosíssimo locutor esportivo Jorge Curi e do locutor noticiarista Alberto Curi, ambos já falecidos. No início dos anos 1940 mudou-se para o Rio de Janeiro, conseguindo trabalhar na Pan American Airlines, o que na época era considerado símbolo de sucesso. Mas sempre manteve o lado humorístico bem afiado!
E A Carreira Artística?
Ivo Iniciou sua carreira artística como cantor em 1947, contratado como cantor principal da orquestra do maestro Zaccarias, (não vá confundir com o Zacarias dos Trapalhões!) do Hotel Copacabana Palace, outro local sofisticado.
Notabilizou-se também por suas participações como ator e cantor em inúmeras chanchadas da Atlântida a década de 1950. Só em 1966 foi participar do programa Os Adoráveis Trapalhões, onde seu perfil aristocrático lhe concedeu o papel do “Diplomata”. Ivon Curi morreu cedo, aos 67 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro.
Ted Boy Marino
Mario Marino, conhecido como Ted Boy Marino fez muito sucesso nos Adoráveis Trapalhões. Muitos ainda acreditam que ele fosse argentino, mas na verdade era italiano de Fuscaldo Marina, onde nasceu em 1939.
Isso porque foi para Buenos Aires em 1953, no porão de um navio, aos 12 anos de idade, com os pais e mais 5 irmãos. Trabalhava como sapateiro em Buenos Aires, mas aproveitava o tempo livre para treinar luta livre e praticar halterofilismo. E na época de um Brasil fechado, um estrangeiro era sempre uma atração para o público!
Muito Querido
Chegou ao Brasil em 1965 e pouco tempo depois, foi contratado como lutador de Telecatch. Essa modalidade de luta fazia muito sucesso na época o que lhe rendeu a participação no programa “Os Adoráveis Trapalhões”. Veja no que deu!
Três ídolos da época, Ivon, Wanderley e Ted, juntos! Como dos três, dois não eram atores, Ivon foi escalado para “segurar o texto” e Renato Aragão foi convocado para dar o toque humorístico. Lutador de telecatch, estrangeiro e agora ator, foi a alegria da audiência na época! Infelizmente faleceu em 2012, aos 72 anos de idade.
Reunião
No fim do mesmo ano da briga, apesar das coisas estarem um pouco diferentes, o quarteto se reuniu, a Demuza produziu filmes em conjunto com a Renato Aragão Produções, o programa de TV voltou reformulado e o principal: o filme das férias estava garantido!
Mas infelizmente quis o destino levar nosso querido Zacarias em 1990, o que quase causou o fim definitivo do grupo, que terminou com a morte de Mussum, no ano de 1994.
Ficaram as saudades mas o quarteto está imortalizado na imensa filmografia e nos programas que podemos ver nas reprises até os dias de hoje! E a briga? Bom, a briga não pode ser mais importante que o legado desses talentosos comediantes, cacildis!
FONTE: DESAFIO MUNDIAL
AUTOR: CELEBRATED NEWS
Hoje, Dedé e Didi amenizam a briga. Dizem que foram apenas “férias conjugais”, ou que na época quiseram apenas fazer dois filmes diferentes. Nos próximos slides veremos alguns detalhes sobre cada um desses fantásticos comediantes e também sobre a briga que levou ao fim esse quarteto de sucesso.
Descubra aqui as verdades e mentiras por trás do fim de os trapalhões.
Didi
O personagem mais notório dos trapalhões foi, com certeza, Didi Mocó Sonrisépio Colesterol Novalgino Mufumbbo, Didi acabou ficando mais popular e eternizado que seu intérprete, o cearense Antônio Renato Aragão.
Às vezes, Didi usava Sonrisal no lugar de Sonrisépio e, ao mencionar seu nome completo, alertava sempre que o nome Mufumbbo se escrevia com dois “bês” e o nome Mocó, com dois acentos no “o”.
Ainda Sobre Didi
Renato, hoje com 83 anos, ajudou a criar em 1966 um programa chamado Os Adoráveis Trapalhões, com outros artistas, cujo formato acreditou ser fadado ao sucesso. Realmente o sucesso viria, mas após mudar de emissora em 1974.
Estreou na extinta TV TUPI o programa Os Trapalhões, já com os quatro conhecidos integrantes, entre eles Dedé, Mussum e Zacarias.
Em 1977 fundou a Renato Aragão Produções Artísticas Ltda.
Claro que há muito mais a contar sobre esse incansável cearense e Os Trapalhões, mas vamos falar um pouco sobre os próximos integrantes.
Dedé
Nascido no meio circense, sua mãe era considerada na época a melhor contorcionista da América do Sul. No circo, Dedé foi palhaço, acrobata, trapezista, domador de elefantes e chegou a fazer o terrível Globo da Morte, mas também foi engraxate, verdureiro, ajudante de mecânico, e estudante de contabilidade.
Na fase circense, Dedé chegou a interpretar o palhaço Arrelia no próprio circo do palhaço, mas como trabalhava pela manhã e interpretava o palhaço na matinê, uma vez chegou atrasado para o espetáculo e se esqueceu de pintar o rosto.
Mesmo assim, levou o publico ao delírio e acabou ficando conhecido como o Palhaço de Cara Limpa.
Mais Um Pouco De Dedé
Como a situação não melhorava, acabou aceitando um emprego de faxineiro em um teatro. Daí passou a trabalhar como contra regra e no dia em que o ator principal faltou, o diretor propôs a ele que tentasse interpretar o personagem.
Sua atuação foi considerada excelente e acabou tornando-se parte do elenco fixo da peça. Acabou conquistando, com essa peça em 1961, o prêmio de Melhor Comediante de Teatro. A sorte foi nossa!
Mussum
Nasceu no Morro da Cachoeirinha, na zona norte do Rio de Janeiro. Estudou em colégio interno e serviu por oito anos na Força Aérea Brasileira, onde chegou a ser cabo. Ele também alfabetizou sua mãe. Obteve o diploma de ajustador mecânico junto com uma recomendação de trabalho, e foi trabalhar como aprendiz em uma oficina.
Muitos o consideravam o mais engraçado dos Trapalhões. Sua carreira artística começou tocando reco-reco no grupo Os Modernos do Samba, mas depois criou o grupo Os Sete Modernos, que veio a se tornar Os Originais do Samba, que enfim emplacou vários sucessos. Procure ouvir Tragédia no Fundo do Mar. Quem é da época não esquece!
Minha Vidis É Um Litro Abertis…
Neste show, conta-se que Grande Otelo teria dado o apelido de Mussum ao comediante, uma referência a um peixe escorregadio e liso, que consegue facilmente sair de situações embaraçosas.
Dizem também que quem aconselhou que o Mussum falasse com ‘is’ no fim das palavras foi o comediante Chico Anysio.
Assim nasceram: “como de fatis”, “tranquilis” e “não tem problemis”. Mas o povo não esquece mesmo é do “cacildis”! Infelizmente, ele veio a falecer muito jovem em 1994.
Zacarias
Desde pequeno exercitava seu lado artístico, com teatrinho de quintal, usando materiais de sua casa e roupas da família, para representar em suas brincadeiras, sendo que, na escola, já despontava com suas apresentações.
Ingressou na rádio Cultura em 1954, mas em 1957 foi estudar arquitetura em Belo Horizonte. Poucos meses depois, deixou os estudos para trabalhar em programas humorísticos na “Radio Inconfidência” e, nesta mesma época, trabalhou no Banco Comércio e Indústrias.
Durante seu período na rádio, foi convidado para trabalhar na TV Itacolomi, também em Belo horizonte. Com menos de um ano de TV, o ator/humorista se destacou de maneira brilhante e, em 1963, foi convidado por Manuel da Nóbrega a participar do programa A Praça da Alegria.
Zacarias De Novo
Viajou por todo o país com a peça, voltou a se fixar no Rio de Janeiro e ainda na TV Tupi, Mauro criou o personagem “Moranguinho”, inspirado num tipo folclórico de Sete Lagoas. No programa “Café sem concerto” da TV Tupi, chamou a atenção de Renato Aragão, que o convidou para integrar o grupo Os Trapalhões.
Nos anos 70, Mauro também participou de outros 3 longas (“Tô na tua, Ô bicho”, de 1971, “O fraco do sexo forte”, de 1973 e “Deu a louca nas mulheres” de 1977, no qual Zacarias foi o personagem principal deste longa).
Dá pra ver que todos os quatros trabalharam muito duro pra chegarem onde chegaram!
E O Sargento Pincel?
Roberto Guilherme interpretou o Sargento Pincel por mais de trinta anos e sua identificação com o personagem é tamanha que, em determinado momento, Roberto Guilherme afirmou que sua própria família lhe chamava de “Pinça”.
O Sargento Pincel contracenava com o Soldado 49, o Didi, e os outros trapalhões, mas sempre ficava em segundo plano por não fazer parte do grupo principal. A princípio não teve parte na briga. Ou será que teve?
Início Do Quarteto
Os assuntos das cenas eram diversos, mas Didi – e qualquer um que estivesse ao lado dele – saía sempre vitorioso.
Será que isso foi uma das causas do rompimento? Didi era o esperto cearense, Dedé, o “Galã da Periferia”, Mussum, o malandro que que tinha orgulho de dizer que era natural do morro e Zacarias, o tímido e baixinho mineirinho, com personalidade infantil, uma risada inconfundível e voz bastante fina, como a de uma criança.
Era o último programa que as crianças assistiam antes de dormir!
Sucesso
Ao passar para a TV Tupi em 1974, ele conseguiu mudar o nome para Os Trapalhões e também incluiu Zacarias.
Mussum já havia se juntado em 1973. Finalmente, o programa foi para a Rede Globo em 1977, onde conseguiu um sucesso eterno.
O elenco de apoio também cresceu e as estrelas de novela passaram a ser visitas frequentemente nos quadros. Mas com tanta união e sucesso, como a briga começou?!
Exigências
Para não ter que recusar formalmente a proposta, ele fez uma lista de exigências de três páginas na qual determinava quais seriam o diretor, redator e o horário do programa.
As exigências foram aceitas e Os Trapalhões mudaram de emissora. Será que essa conquista afetou os ânimos?
Empreendedor
Terá sido a empresa um dos fatores que contribuíram para a briga? Afinal, Renato era o único que conseguia ir alcançando algo fora do quarteto, enquanto que os outros ainda gastavam muito do dinheiro que ganhavam, ajudando as famílias que tinham.
A Separação e Briga
A briga deve ter sido séria, pois até os dias de hoje ninguém gosta de falar no assunto! Em entrevistas, tanto Didi quanto Dedé, se aborrecem toda vez que a briga que separou o quarteto é trazida à tona.
Separação
O ano de 1983 ficou marcado com a produção do filme O cangaceiro Trapalhão, que trouxe efeitos especiais, câmeras e técnicas importadas, o que tornou a obra pioneira, nesse quesito, no país e contribuiu para a linguagem do cinema brasileiro.
Mais a frente, o quarteto se separa e são produzidos dois filmes: um apenas com Didi, intitulado, O Trapalhão na arca de Noé, e outro com Dedé, Mussum e Zacarias, chamado Atrapalhando a suate, este último ficou muito famoso, mais por conta da briga que pelo roteiro. Você já assistiu?
E A Demuza? A Empresa Dos Outros Três Trapalhões
Os colaboradores que recolhiam o dinheiro para o pagamentos de impostos forjaram os recibos em uma máquina registradora roubada do Banco do Brasil.
Apesar do trio não ter culpa alguma, tiveram que arcar com uma dívida milionária.
Dedé, por exemplo, perdeu três casas; Zacarias, uma fazenda e Mussum, a mansão que possuía em uma ilha em Angra dos Reis.
A Rede Globo pagou a dívida e descontou do salário do trio por 2 anos.
Após o falecimento de Zacarias, Dedé e Mussum apenas, arcaram com a parte da dívida do saudoso trapalhão.
A Demuza teve seu fim no início dos anos 90, mas antes já havia trocado de nome para ZDM.
Mal Do Vil Metal?
Outros dizem que, como em qualquer relacionamento, chegou um momento em que um não podia nem olhar para cara do outro que brigava.
É aquele processo de saturação total, de desgaste, que muitas vezes vemos acontecer prematuramente em grupos de rock. Será que foi mesmo dinheiro ou apenas imaturidade para lidar com o desgaste do dia a dia?
Discutindo A Relação
Mas as declarações dos integrantes mudavam de tempos em tempos e acusações acabavam “voando” para todos os lados.
Com os depoimentos mudando tanto, ficou difícil saber a verdade sobre o que aconteceu nos bastidores.
No fim, Renato Aragão acabou posando de vilão e alguns fãs passaram a hostilizar, e até mesmo boicotar o antes amado Didi.
Críticas E Mais Críticas
Chegou a receber processos vindos das famílias dos antigos parceiros.
Em uma entrevista à uma revista de grande circulação, o intérprete de Didi, questionado sobre o desentendimento que resultou na primeira separação do grupo, em 1983, lamentou ter ficado com a imagem de vilão da história e novamente disse que não gostava de falar do assunto, que foi uma situação muito delicada pelas críticas que só vieram para seu lado.
“Eu fiquei de vilão nessa história, e por isso eu não gosto de falar. Inclusive porque dois companheiros já se foram, e fica muito indelicado falar”, respondeu ele ao repórter.
Mais Mistérios
Ele desmente (e quem não desmentiria?), mas faz tempo que circulam boatos sobre a arrogância de Renato Aragão, especialmente quando é chamado de Didi por algum funcionário.
O famoso “Didi não é meu nome e pra você é Doutor Renato!” Sua possível arrogância é assunto corriqueiro em qualquer conversa sobre Os Trapalhões.
Recentemente circulou uma notícia que Renato Aragão teria demitido um funcionário que o chamara de Senhor Didi. Mas essa mesma notícia já circulou (igualzinha) em 2012 e 2014 e quem sabe quantas vezes ainda circulará?! Mais uma dúvida que paira no ar!
Verdade Nos Fatos
Mesmo que depois venham a se arrepender. Essa carga de denúncias acaba atingindo os fãs, que logo tomam partido, seja lá de que lado estejam.
Algumas vezes exigem que Renato – advogado por formação, líder do grupo e gestor da divisão financeira – ajude seus antigos companheiros e suas famílias. Será que ele tem mesmo essa obrigação?
Morte Misteriosa
Chegou a perder 20 quilos, bem visíveis em seu último filme com os companheiros, “Uma escola Atrapalhada”, de 1990.
Um pouco debilitado devido a fraqueza causada pelo regime mal sucedido, Mauro ainda teve forças para gravar uma participação neste filme.
Na TV, Os Trapalhões teriam um novo quadro, intitulado “Trapa-hotel”, cujas gravações estavam previstas para março de 1990.
Justamente nesta data, a saúde de Mauro se agravou e o mesmo teve que ser internado, sem antes, porém, pedir aos companheiros que fossem gravando, alegando que logo ele estaria de volta. Infelizmente, no dia 18 de março, o ator Mauro Faccio Gonçalves veio a falecer.
Regime Mesmo?
A notícia chegou a ser manchete em alguns jornais de grande circulação. Naquela época, havia muito preconceito relacionado a homossexualismo e a nova doença era associada a tal ponto de ser chamada de câncer gay e uma “caça às bruxas” ser informalmente deflagrada.
E para piorar, o jeito infantil e ingênuo do personagem era associado a homossexualidade. E de acordo com o boletim médico, a causa da morte foi insuficiência respiratória em consequência de uma infecção pulmonar.
Uma coisa leva a outra e essa sequência de erros e preconceitos levou ao boato. O que sobrou foi a tristeza de ver esse talento partir com apenas 56 anos de idade.
Abandono
Segundo a irmã de Zacarias, os antigos colegas nunca mais deram notícias.
Marli também conta que no dia do enterro do humorista os colegas ficaram no local por cerca de uma hora, antes de irem embora sem que o público pudesse os ver.
Rusgas Mil
Segundo Carlos, o integrante mais próximo de Mauro era Mussum.
E para piorar, a família ainda informou que perdera total contato com a filha adotiva de Zacarias, com quem ficou toda a herança deixada pelo humorista, incluindo um sítio.
E Não Estava Sozinho
“Tudo que eu via eu queria comprar, cheguei a ter oito carros na garagem. Não me preparei para essa situação em que estou agora. Perdi tudo. Eu, Mussum e Zacarias perdemos tudo”, declarou ao repórter. Diz que sobrevive com o dinheiro que ganha em apresentações de teatro e com a renda que recebe de um canal de reprises.
Ele colocou à venda a mansão de 27 cômodos avaliada em R$ 2 milhões em que morava em Itajaí, Santa Catarina, para pagar a compra da casa onde mora hoje, no Rio de Janeiro.
Não Era Bem Assim
Mesmo com boas lembranças do elenco de Os Trapalhões, o ator não conseguiu esconder as mágoas que guarda de outros artistas e profissionais da TV. “Quando você está no auge, você tem 500 amigos. Quando você cai um pouquinho, as pessoas parecem que se escondem. Isso dói”, confessou.
Mágoa
“Mas eu estava ali para preparar a piada e não para fazer a graça”, justificava Dedé. E acrescentava: “Nunca me senti um dos Trapalhões, sempre me senti um fã do Mussum, Zacarias e Didi”.
Mas como já vimos, as declarações mudam o tempo todo. Pouco depois, sobre o mesmo assunto, disse que não havia brigas no grupo e que tudo correu sempre maravilhosamente bem. Será que não dá pra segurar e às vezes um detalhe escapa?
O Tempo É Senhor Da Razão
Dos amigos Mussum e Zacarias, o ator se lembra com carinho. “Mussum me chamava de compadre. O Zacarias me ajudava muito. Para mim era o grande ator, era um tremendo apaziguador. Qualquer ‘rusguinha’ que tinha em nosso grupo, ele falava: ‘Não, espera aí!”. O tempo sempre apaga as mágoas do passado, não é mesmo?
Que Trapalhada
A separação estaria causando problemas para a emissora, que, por força de contrato, teve que alocar os Dedé, Mussum e Zacarias em programas que não tinham muita relação com o seu perfil e muito menos com sua história e pior ainda acontecia com os que passaram a integrar o programa Os Trapalhões, contracenando com Renato Aragão. Então foi tudo por dinheiro?
Bilheterias
O sucesso era tremendo! Tanto que as bilheterias confirmam. Vejamos alguns poucos exemplos dentro da extensa filmografia do grupo:
3° lugar com O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão de 1977, com 5,8 milhões de espectadores; 5° lugar com Os Saltimbancos Trapalhões de 1981, com 5,2 milhões; 6° lugar com Os Trapalhões na Guerra dos Planetas, 1978, com 5,1 milhões; 7° lugar com O Cinderelo Trapalhão, 2007, com 5 milhões, 8° lugar com Os Trapalhões na Serra Pelada de 1982, com 5 milhões e 9° lugar com O Casamento dos Trapalhões de 1988, com 4,8 milhões de bilhetes vendidos.
Toda a molecada da época ficava ansiosa para saber o tema do filme das férias!
Mas Como Começou Os Trapalhões?
O galã Wanderley Cardoso, o diplomata Ivo Cury, o nervosinho Ted Boy Marino e o palhaço Renato Aragão, e depois vieram adicionar o Manfried Sant’Anna. Somente em 1974, com a entrada de Antônio Bernardes e Mauro Faccio, consolidou-se o grupo que iria mais tarde tornar-se um dos mais famosos da TV brasileira. Cacildis!
Wanderley Cardoso
Ainda em São Paulo, morou também nos bairros de Pirituba e Lapa. Estudou na escola Guilherme Kuhlmann, onde concluiu o primário (1ª a 4ª série), no Largo da Lapa, Lapa de Baixo, tudo em São Paulo.
Depois de cinco anos dedicados ao estudos, investiu com força no showbiz. Seu primeiro sucesso, gravado em 1965, chamava-se “Preste atenção”. Rapidamente se tornou um dos ídolos da Jovem Guarda, ganhando o apelido de “O bom rapaz”, título de seu grande sucesso gravado em 1967, que vendeu mais de cinco milhões de cópias.
Será que esse sucesso incomodou alguém? Continue lendo para descobrir os detalhes do fim do grupo.
E Como Um Bom Rapaz Foi Parar Nos Trapalhões???
Somente depois da Jovem Guarda e dos Adoráveis Trapalhões é que foi contratado por Sílvio Santos para se apresentar semanalmente no quadro “Os galãs cantam e dançam na TV”, que trazia além dos 3 (três) contratados fixos, vários cantores convidados. Depois da passagem pelos Adoráveis Trapalhões, raramente foi visto com Renato…
Ivon Cury
Era irmão do famosíssimo locutor esportivo Jorge Curi e do locutor noticiarista Alberto Curi, ambos já falecidos. No início dos anos 1940 mudou-se para o Rio de Janeiro, conseguindo trabalhar na Pan American Airlines, o que na época era considerado símbolo de sucesso. Mas sempre manteve o lado humorístico bem afiado!
E A Carreira Artística?
Notabilizou-se também por suas participações como ator e cantor em inúmeras chanchadas da Atlântida a década de 1950. Só em 1966 foi participar do programa Os Adoráveis Trapalhões, onde seu perfil aristocrático lhe concedeu o papel do “Diplomata”. Ivon Curi morreu cedo, aos 67 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro.
Ted Boy Marino
Isso porque foi para Buenos Aires em 1953, no porão de um navio, aos 12 anos de idade, com os pais e mais 5 irmãos. Trabalhava como sapateiro em Buenos Aires, mas aproveitava o tempo livre para treinar luta livre e praticar halterofilismo. E na época de um Brasil fechado, um estrangeiro era sempre uma atração para o público!
Muito Querido
Três ídolos da época, Ivon, Wanderley e Ted, juntos! Como dos três, dois não eram atores, Ivon foi escalado para “segurar o texto” e Renato Aragão foi convocado para dar o toque humorístico. Lutador de telecatch, estrangeiro e agora ator, foi a alegria da audiência na época! Infelizmente faleceu em 2012, aos 72 anos de idade.
Reunião
Mas infelizmente quis o destino levar nosso querido Zacarias em 1990, o que quase causou o fim definitivo do grupo, que terminou com a morte de Mussum, no ano de 1994.
Ficaram as saudades mas o quarteto está imortalizado na imensa filmografia e nos programas que podemos ver nas reprises até os dias de hoje! E a briga? Bom, a briga não pode ser mais importante que o legado desses talentosos comediantes, cacildis!
FONTE: DESAFIO MUNDIAL
AUTOR: CELEBRATED NEWS
quarta-feira, 14 de março de 2018
MORRE FÍSICO BRITÂNICO STEPHEN HAWKING AOS 76 ANOS
Stephen Hawking. DESIREE MARTIN / AFP
O reconhecido astrofísico britânico Stephen Hawking morreu nesta quarta-feira, 14, aos 76 anos, anunciou sua família em um comunicado.
"Estamos profundamente tristes porque nosso querido pai faleceu hoje", declararam os filhos do astrofísico, Lucy, Robert e Tim, em um comunicado publicado pela agência britânica Press Association.
"Foi um grande cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado perdurarão por muitos anos".
AUTOR: O POVO
O reconhecido astrofísico britânico Stephen Hawking morreu nesta quarta-feira, 14, aos 76 anos, anunciou sua família em um comunicado.
"Estamos profundamente tristes porque nosso querido pai faleceu hoje", declararam os filhos do astrofísico, Lucy, Robert e Tim, em um comunicado publicado pela agência britânica Press Association.
"Foi um grande cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado perdurarão por muitos anos".
AUTOR: O POVO
domingo, 4 de março de 2018
LUTO NA ARTE: MORRE A ATRIZ TÔNIA CARRERO, AOS 95 ANOS
A atriz Tônia Carrero é vista no set de filmagens do longa "Chega de Saudade", dirigido por Lais Bodansky e rodado no tradicional salão de baile União Fraterna, no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo (Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo)
A atriz Tônia Carrero , um dos ícones da televisão brasileira, morreu por volta das 22h15 deste sábado (3), aos 95 anos, no Rio de Janeiro.
Tônia Carrero, cujo nome de nascimento é Maria Antonietta Portocarrero Thedim, passava por uma pequena cirurgia em uma clínica particular na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, quando teve uma parada cardíaca e não resistiu, de acordo com a família da atriz.
FOTOS: imagens da carreira de Tônia Carrero
VÍDEOS: relembre a trajetória da atriz
REPERCUSSÃO: colegas lamentam partida da 'grande estrela'
Ela tinha sido internada na sexta (2) com uma úlcera no sacro e morreu durante procedimento médico, segundo a neta Luísa Thiré.
O velório, segundo a família, será realizado neste domingo (4), das 14h às 22h, no Theatro Municipal. A cremação será realizada na segunda-feira (5), às 12h, no Memorial do Carmo.
Tônia é a matriarca de uma família que tem quatro gerações de artistas: além do único filho, o ator Cécil Thiré, netos e bisnetos também seguiram a carreira. Ela é classificada pelo projeto Brasil Memória das Artes, da Funarte, como "diva e dama" e "referência de beleza, inteligência e talento na história do teatro brasileiro".
Globo Teatro: Assista a cenas marcantes da carreira de Tônia Carrero
Globo Teatro: Atriz se consagrou ao interpretar personagens marcantes
54 peças, 19 filmes e 15 novelas
Uma das atrizes mais consagradas do Brasil, Tônia é conhecida por inúmeros papéis marcantes – como Stella Fraga Simpson, em “Água Viva” (1980), e a Rebeca, de "Sassaricando" – e integrou o elenco de 54 peças, 19 filmes e 15 novelas.
Sua última novela foi “Senhora do Destino” (2004), de Aguinaldo Silva, na qual fez uma participação especial. No cinema, sua última aparição foi em “Chega de Saudade” (2008).
Grande homenageada do Prêmio Shell de 2008, Tonia atuou no teatro pela última vez em 2007, em "Um Barco Para o Sonho", de Alexei Arbuzov, peça produzida pelo filho Cécil e dirigida pelo neto Carlos Thiré.
Tônia Carrero em 2012
Tônia começou na televisão na década de 60, a convite do autor Vicente Sesso, para fazer “Sangue do Meu Sangue” ao lado de Fernanda Montenegro e Francisco Cuoco. A novela do diretor Sérgio Britto foi exibida em 1969 pela TV Excelsior.
Formada em educação física
Filha de Hermenegildo Portocarrero e Zilda de Farias Portocarrero, Maria Antonieta Portocarrero Thedim nasceu em 23 de agosto de 1922, em uma família de militares, e se formou em educação física em 1941.
Sua formação artística foi obtida em cursos em Paris, para onde foi com seu então marido, o artista plástico e diretor de cinema Carlos Arthur Thiré. Na capital francesa, teve aula com grandes atores, dentre eles Jean-Louis Barrault.
Em seu retorno ao Brasil, aos 25 anos, estrelou seu primeiro filme, “Querida Suzana”, de Alberto Pieralise, ao lado de Anselmo Duarte, Nicette Bruno e da bailarina Madeleine Rosay.
Retrato da atriz Tônia Carrero na capital paulista, em 1969 (Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo)
Dois anos depois, em 1949, subiu aos palcos pela primeira vez em “Um Deus Dormiu Lá em Casa”, com Paulo Autran. A produção havia sido realizada pelo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em São Paulo, sob direção artística de Adolfo Celi – segundo marido de Tônia.
Nos anos seguintes, estrelou inúmeras peças do TBC, como “Amanhã, se Não Chover” (1950), de Henrique Pongetti; “Uma Mulher do Outro Mundo” (1954), de Noel Coward; “Otelo” (1956), de Shakespeare; “Entre Quatro Paredes” (1956), de Jean-Paul Sartre; e “Seis Personagens à Procura de um Autor” (1960), de Luigi Pirandello.
Grande beleza
Sua beleza chamava a atenção de diversos diretores de cinema. Assim, a convite do empresário Franco Zampari, ela integrou a Cia. Cinematográfica Vera Cruz, da qual tornou-se um dos rostos mais conhecidos.
AUTOR: G1
A atriz Tônia Carrero , um dos ícones da televisão brasileira, morreu por volta das 22h15 deste sábado (3), aos 95 anos, no Rio de Janeiro.
Tônia Carrero, cujo nome de nascimento é Maria Antonietta Portocarrero Thedim, passava por uma pequena cirurgia em uma clínica particular na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, quando teve uma parada cardíaca e não resistiu, de acordo com a família da atriz.
FOTOS: imagens da carreira de Tônia Carrero
VÍDEOS: relembre a trajetória da atriz
REPERCUSSÃO: colegas lamentam partida da 'grande estrela'
Ela tinha sido internada na sexta (2) com uma úlcera no sacro e morreu durante procedimento médico, segundo a neta Luísa Thiré.
O velório, segundo a família, será realizado neste domingo (4), das 14h às 22h, no Theatro Municipal. A cremação será realizada na segunda-feira (5), às 12h, no Memorial do Carmo.
Tônia é a matriarca de uma família que tem quatro gerações de artistas: além do único filho, o ator Cécil Thiré, netos e bisnetos também seguiram a carreira. Ela é classificada pelo projeto Brasil Memória das Artes, da Funarte, como "diva e dama" e "referência de beleza, inteligência e talento na história do teatro brasileiro".
Globo Teatro: Assista a cenas marcantes da carreira de Tônia Carrero
Globo Teatro: Atriz se consagrou ao interpretar personagens marcantes
54 peças, 19 filmes e 15 novelas
Uma das atrizes mais consagradas do Brasil, Tônia é conhecida por inúmeros papéis marcantes – como Stella Fraga Simpson, em “Água Viva” (1980), e a Rebeca, de "Sassaricando" – e integrou o elenco de 54 peças, 19 filmes e 15 novelas.
Sua última novela foi “Senhora do Destino” (2004), de Aguinaldo Silva, na qual fez uma participação especial. No cinema, sua última aparição foi em “Chega de Saudade” (2008).
Grande homenageada do Prêmio Shell de 2008, Tonia atuou no teatro pela última vez em 2007, em "Um Barco Para o Sonho", de Alexei Arbuzov, peça produzida pelo filho Cécil e dirigida pelo neto Carlos Thiré.
Tônia começou na televisão na década de 60, a convite do autor Vicente Sesso, para fazer “Sangue do Meu Sangue” ao lado de Fernanda Montenegro e Francisco Cuoco. A novela do diretor Sérgio Britto foi exibida em 1969 pela TV Excelsior.
Formada em educação física
Filha de Hermenegildo Portocarrero e Zilda de Farias Portocarrero, Maria Antonieta Portocarrero Thedim nasceu em 23 de agosto de 1922, em uma família de militares, e se formou em educação física em 1941.
Sua formação artística foi obtida em cursos em Paris, para onde foi com seu então marido, o artista plástico e diretor de cinema Carlos Arthur Thiré. Na capital francesa, teve aula com grandes atores, dentre eles Jean-Louis Barrault.
Em seu retorno ao Brasil, aos 25 anos, estrelou seu primeiro filme, “Querida Suzana”, de Alberto Pieralise, ao lado de Anselmo Duarte, Nicette Bruno e da bailarina Madeleine Rosay.
Dois anos depois, em 1949, subiu aos palcos pela primeira vez em “Um Deus Dormiu Lá em Casa”, com Paulo Autran. A produção havia sido realizada pelo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em São Paulo, sob direção artística de Adolfo Celi – segundo marido de Tônia.
Nos anos seguintes, estrelou inúmeras peças do TBC, como “Amanhã, se Não Chover” (1950), de Henrique Pongetti; “Uma Mulher do Outro Mundo” (1954), de Noel Coward; “Otelo” (1956), de Shakespeare; “Entre Quatro Paredes” (1956), de Jean-Paul Sartre; e “Seis Personagens à Procura de um Autor” (1960), de Luigi Pirandello.
Grande beleza
Sua beleza chamava a atenção de diversos diretores de cinema. Assim, a convite do empresário Franco Zampari, ela integrou a Cia. Cinematográfica Vera Cruz, da qual tornou-se um dos rostos mais conhecidos.
Foi protagonista de “A passionata” (1952), de Fernando de Barros; “Tico-tico no Fubá” (1952), de Adolfo Celi; e “É Proibido Beijar” (1954), de Ugo Lombardi.
Tônia Carrero completa 95 anos de idade
Em 1967, ela se despede da imagem sofisticada e mergulha no universo de Plínio Marcos em “A Navalha na Carne”. Ao lado de Emiliano Queiroz e Nelson Xavier, e sob a direção de Fauzi Arap, viveu a prostituta Neuza Suely. A montagem incomodou a ditadura militar, se tornou um dos espetáculos mais aplaudidos da temporada e foi um divisor de águas na sua carreira.
Retrato da atriz Tônia Carrero (Foto: Epitácio Pessoa/Estadão Conteúdo)
Carreira na televisão
Um de seus personagens mais marcantes foi a sofisticada e encantadora Stella Fraga Simpson, em “Água Viva” (1980), de Gilberto Braga. Tônia viria a trabalhar novamente com o autor em 1983, na novela “Louco Amor”, desta vez interpretando Mouriel.
Cena de Tônia Carrero na novela Água Viva
Em 1978, integrou o elenco de “Quem Tem Medo de Virgínia Wolf”, de Edward Albee, com direção de Antunes Filho. Em 1984, subiu aos palcos para encenar o espetáculo “A Divina Sarah”, de John Murrell, com direção de João Bethencourt.
Três anos depois, viveu mais um personagem marcante na TV: Rebeca, de “Sassaricando”.
Cena de Tônia Carrero na novela Sassaricando
Em 2000, também na Rede Globo, interpretou Mimi Melody em “Esplendor”, de Ana Maria Moretzsohn.
Tônia Carrero em foto de 1955 (Foto: Cedoc/Funarte)
A atriz Tônia Carrero (Foto: Foto Carlos/Cedoc/Funarte)
A atriz Tônia Carrero (Foto: Foto Carlos/Cedoc/Funarte)
Tônia Carrero atuou no teatro, no cinema e na televisão (Foto: Divulgação)
Em 1967, ela se despede da imagem sofisticada e mergulha no universo de Plínio Marcos em “A Navalha na Carne”. Ao lado de Emiliano Queiroz e Nelson Xavier, e sob a direção de Fauzi Arap, viveu a prostituta Neuza Suely. A montagem incomodou a ditadura militar, se tornou um dos espetáculos mais aplaudidos da temporada e foi um divisor de águas na sua carreira.
Carreira na televisão
Um de seus personagens mais marcantes foi a sofisticada e encantadora Stella Fraga Simpson, em “Água Viva” (1980), de Gilberto Braga. Tônia viria a trabalhar novamente com o autor em 1983, na novela “Louco Amor”, desta vez interpretando Mouriel.
Em 1978, integrou o elenco de “Quem Tem Medo de Virgínia Wolf”, de Edward Albee, com direção de Antunes Filho. Em 1984, subiu aos palcos para encenar o espetáculo “A Divina Sarah”, de John Murrell, com direção de João Bethencourt.
Três anos depois, viveu mais um personagem marcante na TV: Rebeca, de “Sassaricando”.
Em 2000, também na Rede Globo, interpretou Mimi Melody em “Esplendor”, de Ana Maria Moretzsohn.
AUTOR: G1
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